95ª - O Asno que Comia Cardos

Bona est offa post panem
À falta de pão, boas são as tortas


Apesar da chuva, um ótimo dia a todos...A fábula de hoje, nos mostra como lidar com a REJEIÇÃO, ensinando que sempre servirá para alguém ou para algo, o que é rejeitado. Uma lição singela, onde a fome é saciada com uma planta amarga e espinhosa, mas do gosto do personagem. O cardo, é conhecido aqui no sul do Brasil, mas originário do Mediterrâneo. A pesquisa nos mostra que:

Designação comum às plantas do gên. Carduus, da fam. das compostas, nativas da Europa, da Ásia, do Mediterrâneo e das regiões montanhosas do Leste da África, e muito semelhantes às plantas do gênero Cirsium Tem caule e folhas espinescentes, flores que variam do rosa ao roxo, em capítulos globosos, pendentes quando maduros; cardo-comum [Nativa da Europa e Ásia e naturalizada na América do Norte, é considerada daninha e invasora; suas flores secas eram usadas para coalhar o leite. Naturalizada na América do Norte e introduzida no Sul do Brasil, de caule e folhas muito espinhentos, verde-escuros, e flores violáceas em capítulos globosos com brácteas tb. com espinhos;



95ª - O Asno que Comia Cardos

Um Asno estava carregado com boas mercadorias, de vários tipos que, em tempo de colheita, estava levando do campo para o seu patrão e os servos jantarem. A propósito disto, ele encontrou um grande Cardo cheio de flores. Estando faminto, começou a resmungar refletindo: “Quantos epicuristas¹ glutões² se deliciariam alegres, entre tal variedade de alimentos saborosos como eu levo agora! Mas a mim cabe este Cardo amargo, espinhoso, pois é mais saboroso e apreciado do que o banquete mais primoroso e suntuoso. Deixe os outros escolherem o que podem para comer, mas para mim, acima de tudo, dê-me um bom e suculento cardo, assim e eu estarei contente”.

Moral:

Todo o mundo tem seu gosto: a refeição de um homem é o veneno de outro e a pessoa que recusa veneno é a refeição de outro; o que é rejeitado por alguém pode ser muito valioso por outro.

¹ adj.2g.s.2g. relativo a ou seguidor de Epicuro ou do epicurismo - figurativo: que ou quem procura os prazeres do amor, os deleites sensuais ou gastronômicos.

²adj.s.m. que ou aquele que come em excesso e com avidez; voraz.