terça-feira, 17 de agosto de 2010

Diga não, agradeça e sorria!

Todos temos um amigo em comum, o 'zé salamargo'. Costuma nos visitar com frequência, demais até, mas por uma simples razão: mora dentro de nossos neurônios.

Outro dia um carro de som fazia propaganda de um gás, aos berros ensurdecedores. Gritava: ' oferta imperdível...'. Parando em minha frente o motorista pediu : 'vai gás senhor?' O meu 'zé salamargo', antes de minha resposta, saltou-se com: 'só se for uma perdição inofertável!'

O ar embasbacado e surpreso do rapaz denotou o branco cerebral. Pedi desculpas, neguei, agradeci e sorri. Agora, toda vêz que ele passa no bairro, o som dos altos-falantes são bem mais amenos.

Sorrir, negar e agradecer, dominando o 'zé salmargo', pode adocicar nossas existências.

Até mais

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Acordo desacordado - Ortografia a ser domada

Alô amigos...

Pelo menos abordamos os penhascos de mais um acordo ortográfico entre nações com língua portuguesa.

Foi esquecido que na formatação - da escrita no Brasil - incorporam-se termos indígenas, africanos, regionalismos caboclos e tantas variáveis que nada têm a ver com Portugal ou com as outras nações lusófonas.

Tudo por uma homogeneização esterilizada do escrever. Quem corrigirá tanta produção literária, hoje disponível? Só a Internet abriga bilhões de palavras escritas em desacordo com estas novas regras, sem falar nas obras impressas dispostas nas bibliotecaas, salas de aula, etc.

Já era complicado ao tempo de Johannes Gutenberg - em 1462 - padronização da escrita -, imaginem agora. Quando estes sábios doutos resolvem algo assim, alguém deveria lembrá-los disto e quem sabe novos conceitos viriam libertar e não complicar.

Se há uma norma culta, ela dispensa estes transtornos e gera algo simples e de domínio público, respeitando as limitaações da sociedade que a gerou - ao menos espera-se -.

Imagino a raiva de nossos irmãos portugueses e os das nações que utilizam s língus portuguesa...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Acordo desacordado! Segue a trama do hífen...

Alô amigos... Ainda tenho a sensação de desabrigo com estas novas regras. Assim querem os lusófonos.

Ainda sobre o hífen, seguimos a trama do acordo ortográfico.

Prefixos ou 'falsos' prefixos, que terminem em vogal, com palavras que iniciem com vogal diferente, NÃO TÊM MAIS O HÍFEN, assim como as palavras compostas que o uso e o tempo consagraram: mandachuva, paralamas, paraquedas, guardachuva, contagotas, parabrisa, paraquedista, parachoques...

Palavras compostas que não tem elemento de ligação, e constituem unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como as que designam espécies zoológicas ou botânicas, MANTÉM O HÍFEN: ano-luz, beija-flor, azul-escuro, tenente-coronel, couve-flor, erva-doce, erva-mate, bem-te-vi, mal-me-quermédico-cirurgião, cirurgião-dentista, segunda-feira, terça-feira...

Quando so prefixos forem: EX - VICE - SOTO, o hífen sobrevive: vice-prefeito, ex-marido, soto-mestre.

Quando o prefixo for: CIRCUM e PAN, e as palavras iniciarem com as vogais M ou N, vive o hífen: circum-navegação...

Quando Com os prefixos PRÉ, PRÓ e PÓS, com palavras de significado próprio, vive o hífen: pré-natal, pós-parto, pró-desarmamento, pró-biótico, pós-graduação...

Com as palavras AQUÉM, RECÉM, ALÉM e SEM, o hífen segue vivo: recém-nascido, sem-terra, além-mar...

O hífen deixa de ser usado nas locuções - de qualquer tipo -: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de...

Mas como não podia deixar de ser, exceções à vista: ÁGUA-DE-COLÔNIA, ARCO-DA-VELHA, COR-DE-ROSA, MAIS-QUE-PERFEITO, PÉ-DE-MEIA, AO-DEUS-DARÁ, À QUEIMA-ROUPA.

O acordo tem mais algumas questões que abordo no próximo blog. Ufa!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

'Acordo desacordado' - Seguindo a luta

Olá a todos! Antes, nossas boas-vindas para Alessa Ortega, a nossa mais recente seguidora. Aceite um cafezinho e sinta-se em casa com Esopo e nossas prosas.

Ainda sobre o acordo, seguimos mencionando - aos pouquinhos - as novas regras gramaticais desta última flor do Lácio, inculta e bela, mas que se nega estabilizar. Como escreveu a Michaela, estes assentos são como passarinhos e um dia voarão para longe.

Hoje, falo do hífen que separava prefixos ou 'falsos prefixos' das palavras.

- Quando estes prefixos terminarem com vogais e as palavras inicacrem com 'r' ou 's', desaparece o hífen e dobra-se a inicial, ficando: antessala, autorretrato, ultrassonografia. Minha opinião? As palavras ficaram feias!

- Quando os prefixos terminarem em vogais e as palavras também, desaparece o hífen: semiobscuridade, supraocular, contraordem, neoexpressionista, etc.

- O uso do hífen segue quando o prefixo erminar em 'r' e a palavra também: inter-racial, super-realista, hiper-requisitado, etc.

Observação:

- quando a palavra iniciar com 'h', o hífen permanece: anti-herói, extra-humano, supra-herbácea, etc.

- quando o prefixo e a palavra terminarem e começarem, respectivamente, com a mesma vogal, o hífen sobrevive: anti-imperialista, anti-inflamatório, micro-orgânico. etc

To be continued, senão cansamos...