sexta-feira, 30 de abril de 2010

CCXLIII - O Corcel e o Moleiro

Bom dia amigos! A fábula de hoje, inserida na obra que estamos traduzindo, revela o quanto as historietas originais serviram de modelo aos contos adaptados através dos tempos. Isto não invalida a mensagem original, mantendo os sentidos ético e moral incólumes. Até mais...


CCXLIII - O Corcel e o Moleiro

Um Corcel sentindo as fraquezas de idade foi enviado para trabalhar num moinho, em vez de sair para as batalhas. Mas quando ele foi compelido a moer ao invés das lutas, lamentou a sua mudança de sorte e lembrou seu estado anterior, dizendo, "Ah senhor Moleiro! Antes sim eu tinha o que fazer, mas eu era forçado a seguir e um homem sempre ia junto para me cuidar e agora eu não posso entender o que me aflige mais, trabalhar no moinho antes de lutar”. “O passado,” disse o Moleiro a ele,” costuma beliscar a mente com as lembranças do que fomos, por isto, a maioria dos mortais comuns têm que agüentar o sobe e desce da sorte”.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

CCXLII - A Mulher Idosa e o Médico



CCXLII - A Mulher Idosa e o Médico


Uma Mulher já idosa havia perdido o uso de sua visão, chamou um Médico para curá-la e fez um tratado com ele na presença de testemunhas: se ele a curasse da cegueira eminente, receberia dela uma apreciável soma em dinheiro; mas se a cegueira dela permanecesse, não lhe deveria nada. Este acordo foi feito. O Médico, repetidas vezes, aplicou uma pomada para os olhos dela e em toda visita feita, sumia com algo da casa, roubando-lhe pouco a pouco todas as posses. E quando tinha tudo o que era dela a curou e exigiu o pagamento prometido. A velha Mulher, tendo recuperou sua visão, não viu mais nenhum dos seus bens na casa, dizendo que nada lhe daria. O Médico insistiu na sua reivindicação e como ela ainda recusasse, chamou-a diante do Juiz. A idosa, se levantando no Tribunal, discursou: "Este homem aqui fala a verdade no que diz; porque eu prometi que lhe daria uma soma em dinheiro se recuperasse minha visão: mas se continuasse cega, eu nada lhe daria. Agora, ele declara que estou curada. Afirmo que pelo contrário, ainda sou cega; pois quando estava perdendo o uso dos meus olhos, via em minha casa vários bens móveis e bens valiosos: entretanto, ele jura que estou curada da cegueira, mas ainda não vejo uma única coisa destas”.


Moral:


“Pior cego é aquele que não quer enxergar!”.



quarta-feira, 28 de abril de 2010

CCXLI - O Leão, o Rato e a Raposa

CCXLI - O Leão, o Rato e a Raposa

Um Leão, cansado pelo calor em um dia de verão, dormiu rapidamente na sua caverna. Um Rato começou a correr por sua juba e orelhas, despertando-o de sua soneca. Levantando-se e tremendo de tamanha ira, procurou por todo canto da sua caverna tentando achar o Rato. Uma Raposa que o viu neste estado disse: "Um bom Leão bom que você é, seria amedrontado por um Rato ?" - "Não é o Rato que eu temo," disse o Leão; "Eu me ressinto é da sua familiaridade crescendo doentiamente.".

Moral:

"Pequenas liberdades geram grandes ofensas!".

terça-feira, 27 de abril de 2010

CCXL - O Asno e a Mula - Tempo Amarrado


Bom dia amigos! - Hoje tem pretensão de poesia. Como gostaríamos de amarrar o tempo, mas também, como apreciaríamos que ele passasse mais depressa algumas vêzes. Para diversão, fiz uma pequena tentativa. Desculpem a ousadia, mas foi de coração o desejo de parar a corrida deste maluco. Até mais...



TEMPO AMARRADO Accorsi JC


Como amarrar o tempo?

Que insiste correr como louco,

Seria capaz o poderoso vento,

Atrasá-lo apenas um pouco?


Os ventos que balançam todo tempo,

Que libertam os cabelos da moça,

Movendo tudo, todo momento,

Teriam eles, tal força?


Só nossa imaginação,

O faria andar para trás,

Levando consigo de roldão,

Suas marcas, em rota fugaz.


Quão tola essa pretensão,

Travar o inexorável,

Mas quanto de emoção,

Ser o tempo olvidável!




CCXL - O Asno e a Mula


Um Tropeiro em viagem, estava com um Asno e uma Mula, ambos bem carregados. O Asno, contanto que viajasse ao longo da planície, levava sua carga com facilidade, mas quando começou a subir pelo caminho íngreme da montanha, sentiu a sua carga, ser mais que ele pudesse agüentar. Ele pediu à sua companheira para aliviá-lo de uma pequena porção, que poderia levar; mas a Mula, não prestou nenhuma atenção ao pedido do colega. O Asno logo depois caiu morto debaixo de seu fardo. Não sabendo o mais fazer dentro de uma região selvagem, o Tropeiro colocou na Mula a carga levada pelo Asno, além da sua própria e em cima de tudo, colocou a pele do Asno, depois de tê-lo esfolado. A Mula, gemendo em baixo de sua pesada carga, disse a ele: “Eu sou tratada de acordo com meus desleixos. Se eu apenas tivesse estado disposta a ajudar o Asno em sua pequena na necessidade, não deveria estar agüentando agora, junto com o seu fardo, bem como a ele próprio”.



segunda-feira, 26 de abril de 2010

CCXXXIX - O Leitão, a Ovelha e a Cabra

CCXXXIX - O Leitão, a Ovelha e a Cabra

Um Leitão estava foi enjaulado no quintal junto com uma Cabra e uma Ovelha. Em certa ocasião quando o pastor pôs a mão nele, grunhiu e rangeu os dentes e resistiu com violência. A Ovelha e a Cabra reclamaram dos seus gritos aflitos, dizendo, "O pastor nos manuseia freqüentemente e nós não clamamos.". O Leitão respondeu, "Sua manipulação e as minhas são coisas muito diferentes. Ele só as pega para tosquiar a sua lã, ou ordenhar o seu leite, mas se ele deitar a mão em mim, será por minha própria vida.".

Moral :

“Cada um sabe onde aperta o seu calo!”.

sábado, 24 de abril de 2010

CCXXXVIII - A Leoa



CCXXXVIII - A Leoa

Uma controvérsia estabeleceu-se entre as feras da floresta, sobre qual dos animais mereceria o maior crédito por criar o maior número de filhotes de um nascimento. Elas se apressaram alvoroçadamente à presença da Leoa e exigiram dela, uma definição da disputa. “E você," eles disseram, "quantos filhotes tem em um nascimento. A Leoa riu deles e disse: “Por quê? Se eu tivesse um único; mas ainda assim seria um leão.”.


Moral:


"O precioso está no valor, não na quantidade".

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Felicidades Denize Eliana !!

Hoje abro um hiato nas fábulas de Esopo, para felicitar minha companheira de tantos anos. FELIZ ANIVERSÁRIO DENIZE ELIANA PONZONI ACCORSI. Mais uma década concluída, início de outras mais, como encadeadas num belo livro, de contos encantados. Muitas alegrias, realizações, paz e saúde. Beijos zilhões (como diria Scooger McDuck...o tio Patinhas).


HAPPY BIRTHDAY TO YOU! – JC Accorsi

P resto homenagens dadivosas,
A minha amante à moda antiga,
R ara entre as coisas preciosas,
A ntes de tudo... fiel amiga.
B rava índole da italiana ‘mamma’,
É a partir de agora que, das facetas,
N eutralidade, será a de menor flama,
S ábia porém, no equilibrio com todas.

D eus te abençoe minha querida,
E terno seja teu permanecer,
N ele – pois – encantas a vida,
I rradiando a beleza do viver!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

CCXXXVII - A Tartaruga e a Águia

Prezados amigos! A fábula de hoje, já havia sido traduzida em ocasião passada. Mesmo repetida no contexto geral, traz uma mensagem ética diferente, daí por optar editá-la. Até mais...


CCXXXVII - A Tartaruga e a Águia

Uma Tartaruga que se aquecia preguiçosamente ao sol, reclamou aos pássaros do mar de seu destino duro, pois que ninguém lhe ensinara a voar. Uma Águia, pairando no ar, ali próxima, ouviu a sua lamentação e pediu que recompensa daria ela, se ela lhe levasse no alto e planasse com ela no ar. "Eu lhe darei," ela disse, "todas as riquezas do Mar Vermelho." "Pois então, lhe ensinarei a voar,” disse a Águia; e a levando nas suas garras, ela quase a levou repentinamente às nuvens, onde a deixou cair, batendo em uma alta montanha, quebrando o seu casco em pedaços. A Tartaruga exclamou no momento da morte: “Eu mereço meu destino”. Que me tenho a ver com asas ou nuvens, se mal posso andar na terra?

Moral:

“Se os homens tivessem tudo o que quisessem, seriam freqüentemente arruinados!".

terça-feira, 20 de abril de 2010

CCXXXVI - A Cabra e o Pastor



CCXXXVI - A Cabra e o Pastor

Um Pastor estava tentando devolver uma cabra perdida ao seu rebanho. Ele soprou e tocou a sua corneta em vão; a cabra - vagabunda -, não prestava nenhuma atenção ao seu chamado. Por fim, o Pastor atirou uma pedra e quebrando seus chifres, implorou para ela não contasse para o seu patrão. A Cabra respondeu, "Por que, contarei companheiro tolo, os chifres quebrados contarão por eles mesmos, enquanto eu, ficarei calada.".

Moral:

"Não tente esconder coisas que não podem ser escondidas.".



segunda-feira, 19 de abril de 2010

CCXXXV - A Toupeira e sua Mãe

CCXXXV - A Toupeira e sua Mãe

Uma Toupeira, criatura que já nasce sem visão acurada, uma vez disse à sua Mãe: “Mãe, estou seguro que posso ver!". No desejo de provar a ele o seu engano, a Mãe colocou diante dele alguns grãos de incenso, e perguntou: "O que é isto?" A jovem toupeira disse, "Isto são grãos de seixos". Sua Mãe exclamou: "Meu filho, tenho medo que você não só é cego, mas também perdeu o seu senso de olfato!".

Moral:

" Quem sai aos seus, não degenera!".

sábado, 17 de abril de 2010

CCXXXIV - O Viajante e o Cachorro



CCXXXIV - O Viajante e seu Cachorro


Um Viajante aprontando tudo para partir em viagem, viu seu Cachorro se levantar e ir até a porta e lá, se estirar. Perguntou bravo: "Por que você está deitado? Tudo está pronto, menos você, assim venha imediatamente comigo." O Cachorro, abanando o seu rabo, respondeu: "Oh meu patrão! Eu estou pronto há muito; é o senhor que estou esperando".


Moral:


“O retardatário culpa freqüentemente a demora por causa de seu melhor amigo!“.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

CCXXXIII - O Reinado do Leão

CCXXXIII - O Reinado do Leão

As feras dos campos e florestas tiveram um Leão como seu rei. Ele nem não era colérico, cruel e nem tirânico, mas tão manso quanto um rei poderia ser. Durante seu reinado fez uma proclamação real, para uma assembléia geral de todos os pássaros e feras, preparando as condições para uma união universal, na qual o Lobo e o Cordeiro; a Pantera e as Crianças; o Tigre e o Veado; o Cachorro e a Lebre - todos -, deveriam viver juntos e em paz, além de cultivar amizades perfeitas. A Lebre então disse: "Oh, como eu desejei ver este dia, no qual os fracos assumiriam seus lugares impunemente ao lado dos fortes.". Depois de dizer isto, correu por sua vida!

Moral:

"O silêncio é de ouro!".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

CCXXXII - O Menino que caçava Gafanhotos


Bom dia amigos! A fábula de hoje é sucinta, mas traz uma mensagem poderosa.



CCXXXII - O Menino que Caçava Gafanhotos


Um Menino estava caçando gafanhotos. Ele tinha pegado um número generoso, quando viu um Escorpião e o confundindo com um gafanhoto, lançou sua mão para apanhá-lo. O Escorpião, mostrando seu ferrão venenoso, disse: "Se você me tocar, meu amigo, você quererá ter-me perdido, bem como a todos os seus gafanhotos também!".

Moral:

“Mais vale seguir um bom conselho do que uma ousadia!”.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

CCXXXI - O Morcego e as Doninhas

Alô amigos! Não estranhem a numeração das fábulas nesta nova série, em algarismos romanos.É para diferenciá-las das anteriores por ser de uma biblioteca americana - a do estado de Virginia - e cujo garimpo revelou mais algumas historietas.
Nesta nova série optarei por não incluir os provérbios em latim, facilitando a edição.

Seguimos nosso caminho não é mesmo??


CCXXXI - O Morcego e as Doninhas

Um Morcego caindo ao chão foi pego por uma Doninha. Implorando por ser poupado em sua vida, a Doninha recusou, dizendo ser por natureza inimiga de todos os pássaros. O Morcego então, assegurou não ser um pássaro, mas um rato e assim ganhou a liberdade. Pouco depois, o Morcego caiu novamente ao chão e foi pego por outra Doninha a quem, igualmente pediu para não ser comido. A Doninha disse que tinha uma hostilidade especial contra ratos. O Morcego assegurou não ser um rato, mas sim, um morcego. Assim ganhou uma segunda chance de escapar.


Moral:

“É sábio transformar as circunstâncias adversas em boas situações!”.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

230ª - As Ovelhas e os Lobos

Daemon daemone pellitur
Um demônio vem atrás de outro

A fábula de hoje encerra a tradução de mais um livro sobre Esopo. No conjunto de duas obras são 230 belas historietas que ficarão no blog, semeando nos petizes o prazer de uma fantasia e introduzindo-os no realismo fantástico, no mundo faz-de-conta, mostrando princípios da ética e da moral. Sairei a procurar algo a mais sobre esta matéria e que possa integrar e enriquecer este nosso objetivo.


As prosas, poemas e edições onde trago as pérolas achadas na rede ou meus garranchos, continuarão mesmo que em menor freqüência. A arte de escrever e transmitir pelas palavras – em seu garimpar – algumas emoções, passagens da vida, retratar algum episódio, deve ser cultivado a cada momento. Faz um bem danado sorrir quando se lê algo divertido ou uma lágrima assomar o olhar.


Quero agradecer demais a cada leitor, cada comentário, cada pensamento sobre nossas mensagens. Venham sempre, nem que seja para revisitar algum texto. Será imenso meu prazer de recebê-los com um cafezinho passado em coador, fumegante e exalando aquele perfume revigorador. Até breve...



230ª - As Ovelhas e os Lobos


“Por que deveria existir esta guerra implacável entre nós?", disseram os Lobos para as Ovelhas. "Esses Cachorros mal-encarados têm muito a responder por isso, pois sempre latem quando nos aproximamos, atacando-nos antes que façamos qualquer coisa. Se vocês apenas os despedissem, logo poderia haver um tratado de paz entre nós”. Assim as ovelhas - pobres criaturas tolas -, foram facilmente iludidas, despedindo os Cachorros. Logo, todo o rebanho desprotegido foi destruído pelos Lobos, sem a menor piedade.

Moral:

"Não mude os amigos para inimigos".

sexta-feira, 9 de abril de 2010

229ª - O Lobo-Pastor

Mala ultro adsunt
A desgraça vem se for chamada


Bom dia amigos! A fábula de hoje foca a mensagem sobre a insaciedade do predador, na sua ânsia pelo objetivo final. Quando defrontamos algo assim, uma das soluções é aguardar sua inoperância, devido às suas próprias trapalhadas. Amanham tem mais...até lá!


229ª - O Lobo-Pastor

Um Lobo, sabendo que as ovelhas tinham tanto medo dele que não poderia se aproximar delas, senão disfarçando-se em pastor. Assim, vestido como tal, aproximou-se do rebanho. Chegando ali, viu perto delas, o pastor adormecido. Como as ovelhas não se mexiam para serem apanhadas, ele tentou imitar a voz do pastor. Fazendo assim, uivou tenebrosamente, despertando o pastor de seu sono. Como o Lobo não pudesse fugir, devido às roupas que vestia, foi logo apanhado e morto.

Moral:

“Os que tentam agir disfarçadamente são hábeis em se exceder.".

quinta-feira, 8 de abril de 2010

228ª - O Lobo e os Pastores - 'Determinados e Indeterminados'

Male agitur cum illo, qui alieno nutritur arbitrio
Quem come à mesa alheia, mal janta e pior ceia

Bom dia a todos! A fábula de hoje reprisa tantas outras no quesito do "Faça o que digo, não faça o que faço!" Somos - por natureza - egoístas e nisto, baseamos nossos procedimentos. Algo para refletir, não é mesmo? A prosa de hoje será um breve poeminha que fiz ontem, quando as memórias da Semana Santa repicava minha mente.
Boa leitura e até amanhã...

DETERMINADOS E INDETERMINADOS - JC Accorsi

Assim a vida segue,
Assim marcha a morte!
Uma a andar célere,
Outra a bater forte.

Ali, um espírito risonho a zombar,
Aqui chora a dor outro ente.
Um livre do chorar,
Outro a esperar o silente!

Todos, corpos e almas,
Sem qualquer distinção.
Alguns, ou passageiros em ruínas,
Outros, ou buscando a perfeição!
.
Uns são os que levitam,
Ao sabor dos bons ventos,
Outros apenas andam,
Atados aos...lamentos!

Todos, almas e corpos,
Com qualquer distinção,
Como bons amigos,
Juntos...acabarão!


228ª - O Lobo e os Pastores

Um Lobo passeando, viu alguns Pastores em uma cabana, fazendo o que comer para o jantar. Um saboroso pernil de vitela estava sendo temperado. Se aproximando para melhor ver, disse: "Que gritaria fariam se fosse eu estar fazendo este jantar?”.


Moral:


“Os homens são muito hábeis para condenar os outros, pelas mesmas coisas que eles mesmos praticam.".

quarta-feira, 7 de abril de 2010

227ª - O Lobo e o Pastor


Mala lucra aequalia damnis
Tamanho da fonteO que mal se adquire, mal se perde




227ª - O Lobo e o Pastor



Um Lobo seguiu um rebanho de ovelha por muito tempo e não tentou machucar nenhuma delas. O Pastor, no princípio - em guarda contra ele, tal como a um inimigo -, mantinha rígido controle sobre seus movimentos. Mas como o Lobo, dia após dia, na companhia das ovelhas e não fazendo o menor esforço para agarrá-las, o Pastor começou a ver nele um guardião do rebanho, em lugar de ser um conspirador do mal contra si; e numa ocasião, o chamaram na cidade, quando deixou suas ovelhas completamente aos cuidados dele. O Lobo, agora que ele tinha a oportunidade, avançou sobre as ovelhas, destruindo a maior parte do rebanho. O Pastor, no seu retorno, encontrou o rebanho dele destruído, exclamou: "Eu fui merecidamente por quem eu confiei minhas ovelhas. Por que para um Lobo?”.

Moral:


”Uma mente maldosa, cedo ou tarde mostrará sua diabólica ação”.












quinta-feira, 1 de abril de 2010

226ª - O Lobo e a Ovelha

Oratio mores animi sequitur
Cada palavra evoca o desejo contido nela


Bom dia amigos! A fábula de hoje, na reta final das traduções deste livro, avoluma os exemplos da 'dissimulação predadora', incansavelmente abordada por estas historietas. Até amanhã...


226ª - O Lobo e a Ovelha

Um Lobo, estando muito doente e mutilado, chamou uma Ovelha que estava passando por perto e lhe pediu que fosse buscar um pouco de água do riacho. "Para,” ele disse:” se você trouxer bebida, eu ficarei melhor e pretendo providenciar carne”. “Sim,” disse a Ovelha:” se eu devesse trazer o líquido para você, você me faria também prover a carne, indubitavelmente!".

Moral:

"Os dizeres hipócritas são facilmente perceptíveis.".