... a questão das escolhas de nomes para uma prole, obedecerem a critérios vários: a mesma letra inicial para todos ou o mesmo número de sílabas em cada nome, mas, holísticamente como descreverei a seguir, jamais.
Tamanha profundidade e alcance com os nomes dos filhos de Andrea Mottin, residentes em Garibaldi, início do século 19, casado com a Marieta, irmã da mãe de meu avô paterno, merece registro.
Coincidência ou não, todos se transformaram em bem-sucedidos cidadãos, estabelecendo negócios fora da cidade natal. Tio Nanno, como era chamado Andrea Mottin, era quem escolhia e determinava o nome do recém-nascido, havendo uma única vez em que a tia Marieta discordou. Foi quando nasceu a primeira menina, o tio Nanno resolveu homenagear a nova pátria que os acolhera e determinou: “chamar-se-á de ‘Ameriquina’ Mottin!”. A tia Marieta obstou categoricamente, pedindo outra referência. Imediatamente bradou o tio: “ Brazilina... questo será il suo nome!” E assim o foi.
O primeiro filho, anos antes, fora batizado como José, a sempre lembrança à Sagrada Família, costume muito italiano. Daí se seguiu: Plácido Domingos. Tranquilo, Mansueto, Pacífico, Próspero, Cândido, Gustavo, Brazilina, Perfecto Fioravante,Glória Pasqualina (Adolfina) e Prudente,
Note-se a seqüência das bem-aventuranças celestiais aos nomes masculinos, fato digno desta lembrança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário