Quem tem inimigo não dorme
Olá amigos e amigas leitores(as). A fábula de hoje retrata mais uma vez, o 'dormir com o inimigo'm tema observado em muitas oportunidades neste mundo esopiano. Cuidemo-nos!
ESSES OLHOS VIRAM...
...o tempo em que à noite, duas ou três estações radiofônicas eram sintonizadas nos receptores. Em noites de tempo bom, a Rádio El Mundo de Buenos Aires era nossa preferida, quer pelo som de uma língua estrangeira, quer pela freqüência das músicas tocadas, principalmente os tangos. Carlos Gardel era uma constante e nos deliciávamos com as tragédias custosamente entendidas. Havia um tango, Volver, espécie de hino às lembranças dos ‘hermanos’, como se a letra pudesse trazê-lo de volta. Fiz a tradução da letra para o blog e a curiosidade de quem quiser ler. A poesia é profunda, tal como as canções de Piaff – aliás, os dois eram franceses -, Recomendo ouvir este tango, é lindo.
Volver (Voltar) - Carlos Gardel Eu pressinto as piscadelasdas luzes que ao longevão marcando minha volta.São as mesmas que iluminaramcom seus pálidos reflexosprofundas horas de dor. E ainda que não queira o regressosempre se volta ao primeiro amor.A velha rua onde o eco disse"Tua é sua vida, teu é seu querer",sob o olhar zombeteiro das estrelasque com indiferençahoje me vêem voltar. Voltar...com a fronte entristecida,as neves do tempobranquearam minhas têmporas Sentir...que é um sopro a vida,que vinte anos não são nada,que febril a olhadaerrante na sombrate procura e te chama. Viver...com a alma aferradaa uma doce recordaçãoque choro outra vezTenho medo do encontrocom o passado que voltaa enfrentar-se com minha vida...Tenho medo das noitesque povoadas de recordaçõesencadeiam meu sonhar... Mas o viajante que fogetarde ou cedo detém seu andar...E ainda que o esquecimento, que tudo destrói,tenha matado minha velha ilusão,guardo escondida uma esperança humildeque é toda a fortuna de meu coração. Voltar...com a fronte entristecida,as neves do tempobranquearam minhas têmporas Sentir...que é um sopro a vida,que vinte anos não são nada,que febril o olharerrante na sombrate procura e te chama Viver...com a alma aferradaa uma doce recordaçãoque choro outra vez 163ª - A Galinha e a Andorinha
Uma Galinha que achou os ovos de uma víbora mantinha-s chocados cuidadosamente, possibilitando-os a sobreviverem. Uma Andorinha, observando o que ela tinha feito, disse: “Você é uma criatura tola! Por que choca estas víboras que, ao nascerem, certamente lhe atacarão, bem como a nós?”.
Moral:
"Se nutrirmos o mal, cedo ou tarde se voltará contra nós.”


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