terça-feira, 26 de janeiro de 2010

175ª - O Leão e o Javali - O Colégio 5/5


Hodie mihi, cras tibi

Hoje por mim, amanhã por ti


Bom dia amigos. A fábula de hoje aborda a visão de quando inimigos se aliam em prol de suas próprias sobrevivências. Compete aqui observar que o senso comum é quem determina a ação. Sempre haverão os que levam vantagens dos conflitos alheios. Lição a ser aprendida.

A prosa de hoje, conclui nosso périplo pelas memórias escolares. ESSES OLHOS VIRAM...


...como era o ensino nas décadas de 50 e 60, nos colégios religiosos. Os abnegados o faziam como missão sagrada, não medindo sacrifícios. Os seguidores de Maquiavel lançavam negras nuvens do obscurantismo medieval sobre o saber. Mas, todos tinham algo em comum: o nome onomástico. Quando no dia da homenagem ao santo do nome escolhido – geralmente um mártir -, revestiam-se apostolicamente com uma aura de mistério. Acho que o nome de batismo, nunca revelado, nem mesmo aos alunos mais amigos, funcionava como senha secreta, abrindo suas lembranças da casa paterna, dos genitores e irmãos, da forma de viver no interior. Afastados, talvez sem opção de escolha, para uma vida de celibato, mas às voltas com 45 ou 50 ‘pestes’ provindos dos mais recônditos lares, com as mais variadas formas de civilidade, só os fortes resistiriam.

Com o tempo, a congregação sempre atenta, adquiriu uma gleba magnífica, uma chácara onde se fizeram campos de futebol e piscinas, para os piqueniques anuais. Os alunos voluntários – e muitos – iam durante as folgas ajudarem a escavar ou aplainar o terreno. Trabalho infantil? Que nada, auto-estima valorizada.

Uma época que se esvaiu, uma lembrança de desafios vencidos, flutuando pela memória como um espírito que releva - no sentido de conceder perdão ou desculpar -, os dramas e conflitos vividos, tão grandes quanto um pré-adolescente desmilinguido. Trois saluts pour Saint Jean-Baptista de La Salle! Salut! Salut! Salut!


175ª - O Leão e o Javali

Num dia de verão escaldante, o calor induziu que um Leão e um Javali, fossem matar a sede no mesmo instante em um pequeno poço. Eles disputaram ferozmente quem deles deveria beber primeiro e logo ficou claro que haveria as agonias de um combate mortal.

Nas suas proposições de brigar, os rosnados e urros tiravam seus fôlegos e no momento mais feroz da discussão, eles viram ao longe alguns Urubus que esperavam se banquetear com quem caísse primeiro. Imediatamente interromperam a disputa, dizendo:

"É melhor tornarmo-nos amigos, do que ser a comida de Corvos ou Urubus, como certamente acontecerá se formos abatidos".


Moral:


"Quem está em disputa é freqüentemente observado por alguém que tirará proveito de sua derrota em benefício próprio".



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