Caeca est in propriis rabulae sententia causis
Ninguém é bom juiz em causa própria
Excelente dia amigos. A fábula de hoje nos fala da presunção e ainda mais, nossa prepotência baseado nela. O resultado não poderia ser pior. BOA LEITURA!
Como o poema de J L PEIXOTO, este artista português inigualável, todos temos visões da casa paterna. Ele consegue universalizar com suas palavras, os ‘leviatãs mansos’ de nossos sonhos replicantes.
A arquitetura das casas - de cada um - é diferente, mas o conteúdo psíquico é o mesmo em toda ela. Belo divagar, aproveitem... É uma prosa onde com a devida vênia, adaptarei a construção da minha casa com os versos originais, os quais editarei amanhã. ESSES OLHOS VIRAM...
...A Minha Casa
eu conheço a distância entre as paredes. caminhei muitas
vezes por ela: a varanda; a mesa grande, a janela aberta.
para o pátio, a cristaleira: a varanda: estas palavras e
este verso podiam ser o corredor se as palavras fossem
a tinta nas paredes: a cozinha: a mãe a cozinhar
eternamente, a mesa, a água que lavava os talheres, o fogo do
fogão. a cozinha era onde estávamos felizes.
quero que a casa fique desenhada:
quartinho, escada , despensa, três quartos,
casa de banho, corredor,
cozinha, porão.
depois, subindo a escada:
despensa, corredor, mais três quartos,
depois, descia a escada.
nós, na cozinha, chamávamos nossa mãe. nossa voz: mãe.
a mãe respondia-nos: estou aqui. e estava num dos
quartos de cima. eu subia a escada para a encontrar.
de manhã, eu acordava e descia a escada.
sem que eu soubesse, os anos passavam na casa. sem que eu
soubesse, a minha mãe e o meu pai envelheciam. a casa era
toda de claridade e eu não sabia que eu e ela
iríamos envelhecer assim que eu saísse dela..
há janelas e portas. eu subia para cima de cadeiras
para abrir as janelas. da janela do meu quarto, via o mundo.
sei hoje que poderia ter vivido sem mais mundo do que esse.
sei hoje que transformei o mundo todo nessa casa. chamo a minha
mãe. está num dos quartos de cima. está muito longe. chamo o meu
pai. está muito longe. A casa está vetusta, pedindo descanso.
176ª - O Leão e o Lobo
Um Lobo enquanto vagava pelo lado da montanha, viu sua própria sombra e como o sol estava baixando, ela tornava-se muito alongada, aumentando muito o tamanho real e ele disse a si próprio: "Por que devo ter medo do Leão, se tenho tal tamanho imenso e que se estende por quase um acre em comprimento? Devo ser reconhecido como o verdadeiro Rei de todas as feras" Enquanto ele estava se distraindo com estes pensamentos orgulhosos, um Leão caiu sobre ele, matando-o. Ele exclamou com um arrependimento muito tardio: "Miserável que sou. Minha autoestima exagerada foi causa de minha destruição". .
Moral:
“Não é sábio ter uma opinião exagerada de seu próprio ego!”.
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