sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

172ª - O Cordeiro e o Lobo - O Colégio 2/5

Amicitias immortales esse oportet
Amizade que pode envelhecer, não deve morrer


Bom dia a todos! A fábula de hoje, certamente mais uma adaptação dos seguidores de Esopo que com o passar dos séculos, vão adequando as mensagens de ética e moral aos costumes da época. Aqui a inocência entrega-se à amizade antes de devorada pela maldade. Seria uma escolha adequada ou melhor fugir das duas e preservar sua integridade? Bom pensar! A prosa de hoje, ESSES OLHOS VIRAM... segue contando


...Das Línguas Estrangeiras (Latim, Francês, Inglês) ao Canto Orfeônico, dos Trabalhos Manuais ao Desenho Técnico, das Histórias (do Brasil, Antiga, e Geral) às Matemáticas cada vez mais complexas, afora outras disciplinas, todas, passariam a ocupar cada instante de seu cérebro. .Lidar com a emissão de hormônios tal como chafarizes humanos, deve ter sido para estes abnegados educadores uma prova de fogo. Apesar de que - alguns por excesso e outros por falta - sob o celibato formal, deveriam também ter os níveis de testosterona desequilibrados. Os conflitos existenciais, os egos inflados, as birras com os alunos mais difíceis, geravam quase que diariamente, o desenho de uma batalha campal. Na época ginasial, não havia cumplicidade entre mestres e alunos. Era conflito geral. Os gritos, berros e safanões, uma constante. As manhas para aprontar confusões eram cuidadosamente estudadas, como táticas de guerrilha. Ora no fundo do laboratório de química, um frasco de ácido sulfídrico (fedor de ovos podres) derramado, interrompia a classe. Ora, uma explosão com bomba da ‘fossa negra’ do prédio, ora a expulsão invocada - e nunca cumprida - de verdadeiros mafiosos, criavam uma atmosfera felliniana. A maioria dos irmãos era de origem teuta - mais que germânicos – perdidos entre centenas de italianos dissimulados em’ brasileirinhos’. Os estados apoplécticos dos coitados, - quase um transe, tamanha indignação e irritação - nos divertiam sobremaneira. Alguns deles durante os combates, enrubesciam como páprica, outros gaguejavam a ponto de não entendermos o que diziam, expelindo perdigotos a metros de distância tamanha a ira, outros se vingando nas notas, sorrindo maquiavelicamente com olhinhos enviesados e um – o Fantasma - exercitava sua mira arremessando um pesado chaveiro tal um petardo a explodir na classe de um ‘arteiro’. Enfim, uma verdadeira ópera bufa. Já à época do Científico, os grupos se reuniam em animados colóquios entre os professores e os educandos.


TO BE CONTINUED


172ª - O Cordeiro e o Lobo


Um Lobo perseguiu um Cordeiro que lhe fugia, até o refúgio encontrado, certo templo. O Lobo chamou-o para si e disse: "O Padre o abaterá em sacrifício, se ele lhe pegar”. O Cordeiro respondeu: "Será melhor para eu ser sacrificado no Templo que ser morto por você”.


Moral:


"É mais seguro estar entre amigos que entre os inimigos".



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