sábado, 28 de novembro de 2009

145ª - A Raposa e o Macaco - " OVNI's "

Magna venit nulli sine magno fama labore
Não se ganha boa fama em cama de penas

Bom dia amigos! Ótimo início de fim de semana a todos. A fábula de hoje, nos mostra que liderança e majestade não se conquistam por atuações lúdicas¹ ou macaquices. São frutos de longas e exaustivas práticas do desempenhar bem seu papel de liderança. Ótima lição!

¹ adj.relativo a jogo, a brinquedo - que visa mais ao divertimento que a qualquer outro objetivo.

A prosa de hoje relatará uma experiência vivida e que marcou profundamente os conceitos de 'vida'. ESSES OLHOS VIRAM...

...numa noite fria, sete de julho de 1976. Como a data é tão lembrada? Simples: dois dias antes do meu casamento. Os últimos retoques no apartamento em que viríamos residir. Minha mãe foi comigo colocar as cortinas e ajeitar as compras que havíamos feito durante o dia. Instalei algumas luminárias e o chuveiro elétrico, aquele modelo ‘chaleirão’, pois o frio de nossa região não cederia às duchas então existentes. Esta montagem demandou mais tempo que o imaginado, pois até ligar o fio terra, era chegado 22.00 horas. Damos o trabalho por adiantado e fomos para casa, distante quatro quadras. A noite estava limpa e o céu cheio de estrelas. Sem lua. Ao chegarmos abri o portão de acesso à subida até o lado da casa, algo como 20 metros. Após subir, sai do carro e retornei o caminho para fechar o portão. Voltando, no meio do trajeto, reparei minha mãe quieta e olhando acima das copas de vários pinheiros plantados bem no centro do terreno. O escuro destas copas se destacava nitidamente da claridade do céu, salientando o brilho das estrelas. Numa linha imaginária, desde as copas dos pinheiros, rumo ao zênite da abóbada espacial, a meio caminho entre o nadir (ponto vertical aos pés do observador) e o clímax (culminância do espaço sideral), estavam eles. Eram vários,

Começamos assim este relato. Sou engenheiro, tenho uma cultura razoável. Sempre fui reticente aos relatos sobre UFO’s ou OVNI’s e muito mais sobre as descrições de abduções ou resgates por extraterrestres. O que vimos nos surpreendeu demais. Nunca iria acontecer conosco este fato. Mas estava acontecendo!

Executavam um bailado silencioso, como peixes de um cardume, movimentos coreografados, ora em balanços, ora em circunscrições. Trocavam de cores e lugares, variando do violeta ao laranja, do amarelo ao vermelho. Ficamos ali paralisados por um breve tempo, quando consegui dizer: ‘Mãe, olhe bem isto!’, como recomendando: “Grave na retina!”.

Lembro que no momento comparei-os com lentilhas. No céu, eram pouco maiores que a Estrela Vésper (Vênus) quando surge na linha do horizonte.

Como num balé, deram uma volta, enfileiraram-se e sem ruído algum, em velocidade impensável, mergulharam rumo à abóbada, sumindo simplesmente.

Entramos em casa calados e algo transtornados. Contamos a vários presentes, com uma única certeza: éramos testemunhas um do outro. Não recordo a reação geral, apenas que alguém saiu para o pátio conferir. Como aconteceu, foi esquecido! Hoje recordo o fato e de como passei a ser menos descrente.


145ª - A Raposa e o Macaco

Com o falecimento do Leão, as feras da floresta se reuniram para escolher um novo rei. O macaco fez tantas caretas, cambalhotas e truques de artimanha que foi eleito por uma grande maioria; a coroa foi colocada na sua cabeça. A Raposa, invejosa desta distinção, vendo logo em seguida, uma armadilha com um pedaço de carne como isca, chegou-se ao novo rei e disse com falsa humildade: "Para agradar sua majestade, achei em seus domínios um tesouro para o qual, se Vossa Majestade conceder a honra de acompanhar-me, eu o levarei". Chegados à armadilha, o Macaco pôs a mão no pedaço de carne e esta, apanhou-o pelos dedos. Furioso com vergonha e a dor, ele repreendeu a Raposa chamando-a de falsa, ladra e uma traidora. A Raposa riu cordialmente e disse com uma zombaria:

"Você é um rei e não entende armadilhas?"

Moral:

"Não se ganha magestade por força da imitação".

3 comentários:

Dna. Mô disse...

Salve grande Vade!!!!!!!


A prosa "Estes Olhos Viram" de hoje está arrepiantemente fenomenal!!!

Uma experiência dessas - E acompanhado da própria mãe - vem nos assegurar que, sem sombras de dúvida, somente alguns poucos e raros são tocados pelos deuses do Olimpo!!!!

Por favor, gostaria de pedir que - quando oportuno for - seja retomada essa história que, de tão verdadeira, soa fantástica!

Obrigada por nos brindaar com tão especiais deleites!

Obrigada Grande Vade Mecum!!!!
Beijos a todos

vade mecum disse...

Alô Dna. Mô! RAreastes as visitas? Olhe, pena não poder retomar o assunto pois ele se esgota no que está descrito, - a mais pura realidade -. Se eu estender uma linha SEQUER, caio na ficção... Bom, daí o título das prosas será: ESSES OLHOS IMAGINARAM! Abração!

Shere W. disse...

É praticamente isso, e assim, que nos damos conta de nós mesmos, do que sabemos, e o como tentaríamos dizer aos outros o que sabemos. Espero que dê uma olhada no que está postado lá no blog Clube Natureza Gleam; como engenheiro vai notar que não há nenhum arquivo como o que está lá sobre esse assunto de passantes espaciais por aqui.