terça-feira, 17 de novembro de 2009

135ª - A Águia, a gata e a Porca Selvagem - Vôo a S.Paulo 1/5


In angustiis apparent amici

Amigo certo conhece-se na hora incerta


Olá caros leitores. Minhas boas vindas para a Vitória Geórgia - soube ontem ser assídua, bem como seus progenitores -. A fábula de hoje, conta sobre a maledicência¹ e o mal que causa. Não confiar em quem costuma inspirar inimizades e mentiras é uma solução. A prosa de hoje, terá continuação posterior, para não cansar a bondade de quem lê. BOM DIVERTIMENTO e até mais. ESSES OLHOS VIRAM...

...ano 1962, local: Aeroporto Municipal da cidade, no nordeste gaúcho. Um Douglas DC3, o chamado ‘Chevrolet dos Ares’ tamanha a confiabilidade, estava lá ,imponente. A foto mostra a inclinação estrutural quando no solo e o susto que tomei ao entrar e ter que me agarrar às poltronas para ir até às da frente na janela. Primeiro susto passado, outro: As janelas não abriam. Vá entender estas modernidades. Acendeu-se uma luz: lembro das palavras ‘belt’, ‘smoke’. O comissário veio conferindo os cintos de cada passageiro, recomendando apagarem-se cigarros Caberiam trinta pessoas, mas não mais que dezessete ali presentes. Onde estava sentado, a asa roubaria minha visão do solo, mas a tríplice hélice encantou-me. Os dois motores ligaram e o avião taxiou até a cabeceira de uma pista de chão batido. Eram 1200 Pégasus cada um. Achava que já havia ouvido som forte na vida, mas... Posicionada a aeronave, a aceleração parou, num quase silêncio. Um aviso com estática de rádio saiu o teto: Não fumar - horas: 7.30, local: Caxias do Sul, destino: São Paulo, com escalas: Lajes e Curitiba – Horário de chegada prevista: 16.30. - A Panair do Brasil dá boas vindas aos senhores passageiros...

TO BE CONTINUED -

¹ s.f. qualidade de quem é maledicente ou maldizente - ação ou hábito de dizer mal dos outros; difamação, detração, maldizer.


135ª - A Águia, o Gato e a Porca Selvagem


Uma Águia tinha feito o ninho no topo de um alto carvalho. Uma Gata tendo achado uma toca, vivia com seus filhotes no meio do tronco e uma Porca Selvagem com suas crias tinha encontrado abrigo em um buraco no pé da árvore. A Gata resolveu destruir com suas artes, qualquer chance de haver uma colônia de Porcos Selvagens
Ela escalou ao ninho da Águia e disse: "Uma destruição está sendo preparada para você e para mim também. A Porca Selvagem a quem você pode ver cavoucando a terra diariamente, deseja desarraigar o carvalho para que ela possa, ao cair, agarrar nossos filhotes e alimentar-se.". Então ela rastejou até a caverna da Porca e disse: “Seus filhotes estão em grande perigo; pois assim que você sair para achar comida, a Águia está preparada se lançar sobre um de seus pequenos porcos".
Quando caiu a noite, ela foi silenciosamente buscar comida para si e seus filhotes; mas, fingindo ter medo, ela mantinha vigilância todo o dia. Enquanto isso, a Águia, cheia de temor da Porca, pousava quieta nos ramos e a Porca, terrificada pela Águia, não ousava sair da sua caverna. E assim, elas e suas criações pereceram de fome.

Moral:

“Aqueles que incitam inimizades não devem ter nossa confiança".

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