segunda-feira, 23 de novembro de 2009

140ª - A Corça e sua Mãe - A TV no Sul 1/2

Verba non implent marsupium
Palavra não enche a bolsa

Bom início de semana a todos. A fábula de hoje, retorna aos conceitos esopianos de comportamento. Contra a temeridade pouco ajuda a simples palavra. Bela lição.

A prosa de hoje, mergulharemos nos primórdios das mídias aqui no sul do Brasil e peço antecipadamente desculpas por algum equívoco, pois a memória não é perfeita. ESSES OLHOS VIRAM...

...o surgimento da mídia televisiva aqui no sul do Brasil. Antes, prosarei como foi importante o lazer de escutar rádio. Era paixão nacional escutar novelas (O Direito de Nascer, Ricardo, o Herói do Espaço, Jerônimo, o Herói do Sertão). A sonoplastia completava o sentido da audição e a imaginação era obrigada a trabalhar. Os programas humorísticos (Edifício Balança, mas Não Cai, PRK-30 e Noites Cariocas,) eram obrigatórios nas noites de quartas, sextas-feiras e aos sábados, respectivamente. Entravam limpas e potentes as rádios Nacional e Tupi do Rio de Janeiro, Farroupilha de Porto Alegre, El Mundo de Buenos Aires. De São Paulo a Excelsior raramente era captada. Com tempo atmosférico bom, não havia interferência ou estática para atrapalhar, mas com chuvas ou tempestades, melhor era desligar. Os aparelhos eram com válvulas enormes que precisavam aquecer antes de funcionar: Siemens, Phillips, Telefunken, General Eletric, Zenith, RCA Victor e Blaupunkt eram as marcas mais conhecidas. O primeiro rádio portátil a chegar na cidade (o termo usado : ‘transistorizado’ ), era marca Spica (made in Japan - na foto, sem a capa de couro), com fone de ouvido e pilhas que se consumiam rapidamente. Os anos andavam devagar. O Repórter Esso marcava o ritmo do pós-guerra. Ondas Médias e curtas era toda tecnologia que dominávamos. Um fio cruzando o quintal, bastava como antena poderosa..

TO BE CONTINUED


140ª - A Corça e sua Mãe

Uma jovem Corça disse certa vez à sua Mãe: "Você é maior que um cachorro e mais alerta, podendo correr mais; porque então, você sempre está em tal pânico, com medo um terrível dos cães de caça?" Ela sorriu e disse: "Eu sei muito bem, meu filho, tudo que dizes são verdades. Eu tenho as vantagens que menciona, mas ainda assim, quando eu ouço o latido de um único cachorro, sinto-me prestes a desfalecer”.

Moral:

"Nenhum argumento dará coragem para a covardia".

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