sexta-feira, 27 de novembro de 2009

144ª - O Caçador de Aves e o Pombo - 'Terror'


Mala ultro adsunt

A desgraça vem se chamada


Bom dia a todos! A fábula de hoje, seguramente anacrônica aos tempos de Esopo (uma adaptação com certeza), mostra os desígnios do destino como juíz de nossos atos. Talvez sim, talvez não, o certo é que respeitando, seremos respeitados. A prosa do hoje, ESSES OLHOS VIRAM...

... o trecho inicial do filme. - Kit e Anthony Preston estão casados, mas não tiveram a tão esperada lua-de-mel. Isso porque Anthony é muito requisitado no trabalho. Uma noite - mais uma - Kit está sozinha em casa quando se assusta com uma estranha voz. De repente o telefone toca. E fora da casa um homem está à espreita do outro lado da rua. Kit corre perigo ou será apenas sua imaginação?
Era ‘A Teia de Renda Negra’, de David Miller (Esquina do Pecado, Pavilhão Sete). Crescemos cultuando o cinema. Sempre atentos com a critica, íamos pelo prazer da diversão.
Alfred Hitchcock nos fez fãs do suspense e do mistério e este filme tinha tudo o que queríamos. Naquela noite fomos ao cine Central e na segunda sessão, com início às 21.00 horas. Até ali, nada que prenunciasse qualquer irregularidade, nem ao menos um pé-de-vento que alertasse.
Cinema lotado, platéia em suspense, filme rodando – tal a sinopse do início, Doris Day, Rex Harrison, John Gavin, Myrna Loy e Roddy McDowell, já enredavam-nos à trama. Repentinamente, a energia elétrica faltou. Alguns assovios e vaias na platéia. Quando um estrondo ensurdecedor - típico de um bombardeio -, veio do teto. A correria desenfreada das pessoas procurando a saída era de assustar. Os mais afoitos e primeiros a correr, gritavam: ”Calma, fiquem sentados!”. - Claro não! – Para terem os corredores livres à suas carreiras. Os ribombares continuavam avassaladores. Ninguém de sã consciência ficaria debaixo daquele caos. Saímos às apalpadelas. No átrio de entrada foi que observamos a extensão do drama. Lá fora, a rainha das tempestades. Raios, coriscos, trovões e a água faziam um cenário hitchcockiano. Ao lado do cinema na época, estava sendo construído o prédio mais alto da cidade – nomeado ‘Caixinha de Fósforo’, como posta de pé, tal a desproporção entre largura, altura e profundidade – Os andaimes da obra – com o tufão armado –, despencavam sobre o zinco do telhado do cinema. O clima era surreal. Nenhum táxi, tudo às escuras. Começamos a correr debaixo das marquises, onde elas houvessem. Os clarões das descargas elétricas mostravam-nos o caminho. Eram dois quilômetros até chegar em casa. Nem o pior pesadelo imitaria o drama ali vivido. Enfim, chegamos. Encharcados, exauridos e. chocados!
Na quarta-feira seguinte lá estávamos nós a ver o complemento da fita. Recomendo ver a trama, mas em casa e no DVD.


144ª - O Caçador de Aves e O Pombo

Um Caçador de aves apanhou sua arma e entrou nos bosques para caçar. Ele espiou um pombo entre os ramos de um carvalho e pretendeu matá-lo. Ele apoiou a arma ao seu ombro e fez pontaria de modo adequado. Mas quando ia apertar o gatilho, uma serpente que rastejava pela grama, o picou tão dolorosamente na perna que ele foi forçado a deixar o seu desígnio, jogando ao chão a sua arma com tremenda raiva.

O veneno imediatamente infectou o seu sangue e o corpo inteiro começou a mortificar; quando ele percebeu, não podia mais ser ajudado. “O destino,” disse ele, "trouxe-me a destruição para mim, enquanto eu planejava a morte de outro".

Moral:

"Os homens freqüentemente caem na armadilha que eles próprios preparam para outros".

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