sábado, 21 de novembro de 2009

139ª - O Pai e suas Duas Filhas - Vôo a S.Paulo 5/5

Magna vis necessitas
Dura lei é a necessidade

Bom sábado amigos, apesar da chuva aqui no sul do país. A fábula de hoje entra em nosso blog por consideração à integridade do livro ora traduzido. É o que tem de anacrônico e fora do contexto. Jardineiros e fabricantes de azulejos na Grécia antiga? Bom assunto para pesquisar. Mais me parece uma história vitoriana que de Esopo. Não traz moral, mas com esforço esprememos uma: "A natureza não contenta a todos, pois cada um cresce no ambiente em que mais se adapta".

Encerrando a odisséia de 62, a prosa ESSES OLHOS VIRAM...conta:

...um novo mundo. Do queijo polenghinho ao sanduíche de pernil da Casa Italiana (rua Antonio de Godoy, próximo ao hotel), os queijos ‘mussarela’ trançados, a ‘seven up’, o bacalhau na Freguesia do Ó, Mappin, enfim... Várias semanas onde descobrimos o Butantã, o Museu do Ipiranga, andar de ‘trolebus’ (ônibus elétrico), as rodovias Anchieta, Anhanguera, as cidades de Campinas, Cubatão (já poluente), Santos, São Vicente, Bertioga, Guarujá, as portentosas indústrias automobilísticas, Volkswagen (quando aprendi que Fusca é a pronuncia mais germânica de Volks), DKW Vemag, Willys Overland, Ford, General Motors, Simca Chambord, Scania Vabis, Mercedes Benz e as fábricas de componentes, todas se enfileirando pela Anchieta, em ambos os lados da rodovia, no famoso ABC (Santos André, Bernardo e Caetano).
Depois que retornei, a sensação era que as cortinas de um grande espetáculo haviam descido e o show terminara para mim. A sensação de uma modernidade especial, nunca mais. Já na vida profissional, anos depois, o glamour não era mais o mesmo. Toda aquela região central charmosa da cidade apresentava decadência total. Uma pena.


139ª - O Pai e suas duas Filhas

Um Homem teve duas filhas e a primeira se casou com um jardineiro e a segunda com um fabricante de azulejos. Depois de um tempo ele foi até a filha que tinha se casado o jardineiro e indagou como ela estava. Ela disse: "Todas as coisas estão prosperando comigo e eu tenho só um desejo, que possa haver uma grossa queda de chuva para que as plantas possam ser bem regadas.". Não muito depois, ele foi até a filha casada com o fabricante de azulejos e igualmente indagou para ela como estava; ela respondeu: “Eu não quero mais nada e há só um desejo: que os tempos secos possam continuar e o sol seja brilhante, quente e luminoso, de forma que os azulejos sequem". Ele disse a ela: "Se sua irmã deseja que chuva e você que faça tempo seco, com qual das duas é para eu unir meus desejos?".

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