É mais forte quem se vence a si do que quem vence cidades
Boa tarde amigos e votos de um ótimo fim-de-semana. A fábula de hoje nos mostra o custo da pretensão. Saber o quanto podemos, ajudará a dimensionar a tarefa. Ótima lição de moral. E por falar em capacidade, ESSES OLHOS VIRAM...
...o tempo
Foram milhares de conexões axônicas e idéias mirabolantes para obter tal quantia. Economizar? Como, se nada ganhávamos? Ficar sem as matinês? Nem falar. Sem algumas merendas especiais - tipo ‘sonhos’ ou ‘nariz entupido’- , vendidas nos recreios do colégio? Voar até a África pela lupa sim, mas ficar sem os petiscos vendidos por seu Genoíno... NÃO MESMO!
Botei-me a procurar serviços nas horas vagas das férias. Por aqueles tempos, um clube social havia sido criado no bairro -'Clube dos 100'-. Escolhido o local e eleito o ecônomo -justo um dos filhos daquele patriarcado alemão relatado na história da cerveja-, fiquei à espreita. O local escolhido, uma velha moradia da família dele, pedia reformas. Escalei-me e implorei durante dias para ajudar por módicos 80,00 cruzeiros. Por uns tempos não confirmavam meus préstimos. Faltando duas semanas para o fim das férias e poucos dias da inauguração do clube, fui chamado. Eu pulava de alegria. Fechado o contrato pela quantia combinada, deram-me a tarefa: pintar com verniz os lambris no contorno do salão. Com o detalhe, sem pincel, mas com bonecas de pano. Eram horas e horas com as mãos mergulhadas na terebintina. As tábuas de segunda categoria, simplesmente sugavam a resina, requerendo várias demãos. Em uma semana, todos os dias, me enterrei na obra. Trabalho acabado, dinheiro recebido, lupa no bolso e um par de mãos verdes. Por muitos dias fui alvo - na sala de aula - da admiração ou galhofa dos colegas, ora pela hercúlea tarefa e exibição da tão desejada lupa, ora com a luminescência das mãos. Tenho a lupa ainda comigo, até hoje e não passa de um plástico bem comum. Na transposição de valores para a atualidade, valeu R$ 15,34...
Se fui à Africa Negra com minha lupa? Muitas vezes e a outros continentes também... Até passar a febre filatélica.
133ª - A Águia e a Gralha
Uma Águia voava perto do seu ninho, situado num alto rochedo, segurando nas suas garra um cordeiro. Uma Gralha que observou a captura do cordeiro encheu-se de inveja e ficou determinada a imitar a força e o vôo da Águia. Ela voou pelas redondezas com um grande rufar de suas asas e resolveu alçar vôo com uma grande ovelha nas patas, mas suas garras ficaram emaranhadas na lã, não podendo libertar-se, apesar de todo esforço com suas asas, - o tanto quanto era capaz -.. O pastor vendo o que tinha acontecido, correu até lá e a pegou. Imediatamente cortou suas asas e anoitecendo, levou-a para casa, onde deu para suas crianças.
Moral:
"Não deveríamos permitir que a ambição, nos conduza além dos limites de nosso poder."
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