Si iuxta claudum habites, subclaudicare disces
Quem com lobos anda, aprende a uivar
Bom dia caros leitores. A fábula de hoje,também algo anacrônica ao tempo de Esopo, traz mais uma vez que as companhias carimbam a figura do acompanhante. Não adiantam as desculpas, nem explicações. Importante será saber se o carimbo é valioso ou depreciativo. O preço no segundo caso é bem salgado.
Continuando a prosa ESSES OLHOS VIRAM...
...passar quatro horas voando e cinco horas em bancos, nos aeroportos quase desertos. Quando chegamos em São Paulo, o primeiro impacto foi o Congonhas, Ali no meio dos edifícios, com um gramado quadriculado a indicar a cabeceira da pista. O movimento de carros e pessoas impressionava. Para quem vinha de uma cidade pequena e não havia ido além de Porto Alegre... Com o DC3, o passeio sobre a cidade foi bombástico. Tudo se via e tudo se absorvia.
Era véspera da Corrida de São Silvestre, sempre realizada à noite. O hotel Alvear, ficava na frente do prédio das rotativas da Gazeta Esportiva, uma das patrocinadoras do evento. Ali no hotel, vários dos participantes estavam hospedados. Diálogos estrangeiros, com vários idiomas, enchiam os corredores. Fiquei tempos na sacada do apartamento observando o jornal sendo impresso, devido as grandes janelas que mostravam a efervescência da mídia. Por dias o ronco das máquinas acompanharia meus sonos e sonhos. Os nomes – antes nunca importantes – começaram a ocupar meus arquivos mentais: Rua Casper Líbero (a do hotel) – Avenidas Ipiranga, São João, Senador Queirós, Nove de Julho, Ruas Augusta, Aurora, Direita, Bairros do Cambuci, Casa Verde, Chora Menino, Liberdade, Brás, Perdizes, Jardins, Itaim Bibi, Estação da Luz, Viadutos do Chá e Santa Ifigênia, Praças do Correio, da República, a estátua da Mãe Preta, o Mosteiro São Bento (missa gregoriana ao domingo) Theatro Municipal, Mercado Público Municipal (Mercadão), Ibirapuera, vale do Anhangabaú, rios Tietê, Tamanduatei, Pinheiros... Eram tempos dos engarrafamentos no tráfego, monstruosos. No pique a cidade parava. As obras de avenidas expressas ligando os principais entornos do centro e ao aeroporto de Congonhas , derrubando-se edifícios inteiros, era mostra de um trabalho indescritível...
TO BE CONTINUED
137ª - O Fazendeiro e a Cegonha
Um Fazendeiro colocou suas redes no solo arado e recentemente semeado, apanhando vários grous que vinham pegar a semente plantada. Aprisionou também, junto deles, uma Cegonha. Essa, tendo sua perna fraturada pela rede, pediu misericórdia ao Fazendeiro, para que poupasse sua vida. “Por favor, senhor, poupe-me," e completou: "Deixe-me ir livre por esta vez. Minha perna quebrada deve despertar sua piedade. Além disto, eu não sou nenhum grou, apenas uma Cegonha, um pássaro de caráter excelente; e veja como eu amo e trabalho para meus pais. Também olhe as minhas penas, não estão lustras como as dos grous". O Fazendeiro riu em voz alta e disse: "Pode ser tudo como você diz; Eu só sei que a peguei com estes ladrões, os grous e você têm que morrer com eles".
Moral:
"Pássaros de um mesmo bando sofrem juntos".
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
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