quarta-feira, 11 de novembro de 2009

130ª - A Pomba e o Corvo - 'Bier Haus'

Libertas fulvo pretiosior auro
A liberdade fulge mais que o mais precioso ouro



Bem-vindos! A fábula de hoje preza a liberdade, como outras tantas. Bem inalienável do ser humano, jamais será demais lembrar-nos dela. A prosa de hoje, dará uma idéia de como evoluímos em poucos anos. Vejam o que ESSES OLHOS VIRAM...

...e desfrutaram na década de 50, a verdadeira cerveja e a própria 'gasosa', de origem alemã e caseiras. Recordo das bacias esmaltadas no fogo, do termômetro, dos panos a filtrar, do envasilhamento das garrafas, da máquina manual de tampar. Na época éramos cercados por cinco famílias alemães, quatro de filhos do mesmo patriarcado – Vó Elisa ainda vivia - era a mestra-cervejeira - e o Vô Francisco, havia recém falecido quando ali fomos morar. Se quiserem visualizar esta vovó, olhem ‘Vó Donalda’. Viveu até idade avançada, morando com a única filha mulher e sua família.
Pois a Vó Elisa costumava fazer a legítima cerveja alemã escura – a maltzbier – com lúpulo e cevada de nobres origens e açúcar mascavo queimado. O sabor era festa pura. As garrafas tinham que suportar a enorme pressão - não se usava a pasteurização - e não raro, lá no depósito, se ouviam estouros das mais fracas cedendo à força da fermentação. A gurizada não tinha acesso ao néctar – mesmo que ocasionalmente ganhássemos um copo -, porém , de consumo livre era a ‘gasosa’ - refresco espumante do gengibre - , bebida digna de banquetes. Nunca provei nada parecido nestes anos todos. Talvez a bebida que tivesse alguma proximidade -mas com muito boa vontade-, fosse a ‘seven up’ que bebi em São Paulo na década de 60. Depois que faleceu a vovó, nunca mais foi feita a cerveja ou a gasosa. Mais um caso de mistério a ser desvendado. Quem guardou a receita?


130ª - A Pomba e o Corvo

Uma Pomba presa em uma gaiola estava gabando-se do grande número de filhotes que tinha chocado. Um Corvo, ouvindo-a, disse: "Minha boa amiga, pare com esta gabolice descabida. Quanto maior sua prole, maior a causa da tristeza, vendo-os nesta gaiola".

Moral:

"Para desfrutar nossas bênçãos, temos que ter liberdade."

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