sexta-feira, 24 de julho de 2009

XXXVI - A Formiga e o Gafanhoto

Laborare est orare.
Trabalhar é orar.


Nossa saudação aos amigos! Mencionei dias atrás uma recordação - a de ouvir em disco LP - sobre A FORMIGA E A CIGARRA. Para minha surpresa, a fábula de hoje contém o mesmo teor, porém o personagem folgado é outro, o que não tira o prazer da leitura. Antes... nesta noite, um velho general-de-guerra desembainhou a espada e sob seu jugo¹, mostrou como ainda está vigoroso e por muito tempo, nos visitará. Seu nome? Sr. Inverno. Rabugento, ranzinza e costumaz². A fábula de hoje, mostra o lado duro deste general e sua cobrança letal³ por não precavê-lo. Amanhã voltaremos

¹ s.m. 1 peça de madeira assentada sobre a cabeça dos bois para atrelá-los a uma carroça ou arado; canga 2 p.ext. parelha de bois 3 fig.
sujeição imposta pela força.

² dj.2g - que ocorre com relativa freqüência, que é costumeiro; habitual, reincidente

³ adj.2g. 1 que se refere a morte ou o que a acarreta 2 fig. que danifica, que prejudica de modo irremediável; funesto, fatídico

XXXVI - A Formiga e o Gafanhoto


Em um campo, num dia de verão, um Gafanhoto estava saltando, enquanto gorjeava e cantava tudo o que lhe ia no coração. Uma Formiga passava por ali, enquanto carregava consigo e com grande labuta, um grão de milho, levando-o ao ninho.

"Por que não vem e conversa comigo,” disse o Gafanhoto, "em vez de tanto labutar e se cansar deste modo?”.

"Eu estou ajudando a armazenar comida para o inverno", disse a Formiga, "e recomendo que você faça o mesmo".

"Por que me preocupar com o inverno?" disse o Gafanhoto; “... nós temos bastante comida no momento".

Mas a Formiga seguiu em sua lida e continuou seu duro trabalho. Quando o inverno chegou, o Gafanhoto estava sem nenhuma comida e definhando* de fome, enquanto observava as formigas distribuindo diariamente, grãos de milho, do depósito onde haviam guardado durante o verão. Então, o Gafanhoto soube que :


"É melhor preparar-se para os dias de necessidade".



* v. 1 t.d. e pron. fazer perder ou perder as forças; debilitar(-se), extenuar(-se) 2 int. tornar-se paulatinamente fraco, magro, abatido; emagrecer

Um comentário:

Dna. MÔ disse...

Salve Grande Vade!!!

E eis que ao ficar poucos dias no limbo da desconexão,ao reingressar, sou novamente surpreendida pelo nosso Vade Mecum.

Fiquei muito feliz por ter sido citada pelo grande mentor e concentrado tradutor do nosso superblog.

Mas preciso cumprir o exigente lema de que antes de ser bom é necessário ser justo! Então, aqui vai a minha observação: nenhum comentário positivo ou elogio enaltecido é imerecido!!!

Tanto o grande mentor como a estupenda equipe de apoio técnico e logístico, comandada pelo insuperável Matheus, são bravos garimpeiros e sábios artesãos que, com suas destrezas, habilidades e iluminação, vêm - todos os dias - nos entregar régios presentes que nos dão alegria, saber, e ética!

Não a vilipendiada ética atirada ao ventilador por tantos... mas a ética de buscar um bom viver, interno e externo, um
maior e melhor conhecimento, sem mitificações, e com muita beleza... a rara beleza simples e verdadeira e benfazeja!

Valeu Vade!!!
Continuo na primeiríssima fila, a do "gargarejo"
Beijos a todos.