segunda-feira, 27 de julho de 2009
XXXVIII - A Raposa e o Gato
Ille nihil dubitat qui nullam scientiam habet.
Nada duvida quem nada sabe.
Olá amigos deste blog! Votos de uma semana mais 'caliente', com menos geadas e 'negritudes queimantes' (gelo que rompe os vasos das seivas nas plantas). Ao menos, a gastronomia agradece esta reclusão, onde todos se refugiam ao redor de um fogo para se esquentar e aí... as panelas dançam, as frigideiras chiam, as chaleiras cantam, os fornos e bandejas ululam. Os talheres de pau ou metal, oscilam tais batutas orquestrais e os pratos vão surgindo... polenta, costela suína ao forno crestadas ao molho de soja, salada de maionese com atum, saladas de beterraba, alface, radicci... Agora sei porque a alta arte da culinária está nos países de invernos rigorosos. É a busca do 'quentinho' como desculpa...
Vamos à fábula de hoje. Quantas e quantas vezes ficamos a rebuscar no balaio de nossas mentes as fugas ou estratégias e ali nos perdemos dando chances aos cães nos alcançarem? Um só artifício e bem dominado é o suficiente. Qual? Cada um tem o seu. Descubra-o, desenvolva-o e curta-o. Bom início de semana com um até amanhã ...
XXXVIII - A Raposa e o Gato
Uma Raposa estava exibindo a um Gato, suas inteligentes estratégias para escapar de seus inimigos. "Eu tenho um balaio¹ inteiro de truques," ela disse “.., contendo uma centena de modos de escapar de meus inimigos".
"Eu tenho somente um jeito," disse o Gato; “... mas com ele, eu geralmente posso me safar de tudo" Naquele instante, ouviram os gritos dos cães de caça vindo e o Gato pulou imediatamente para cima de uma árvore e se escondeu nos ramos dela. “Este é meu jeito...," disse o Gato. “... o que vai você fazer?". A Raposa pensou primeiro num modo, então do outro e na medida em que se debatia na dúvida, os cães de caça chegavam mais e mais perto. Por fim a Raposa na sua confusão foi alcançada pelos cães e logo abatida pelos caçadores. O Gato que estava observando tudo disse:
"Melhor um só modo seguro do que uma centena que não se pode considerar".
¹ s.m. cesto grande feito de palha, taquara, bambu, cipó etc., us. para transporte ou para guardar objetos; patuá
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Bom dia , Vade Mecum!
Nós aqui,do sopé da montanha,nos solidarizamos com os bravos guerreiros dos altos dos morros , nessa insana luta contra esse general impiedoso : o Sr. Inverno.
Somente uma sopa quentíssima e calor humano são armas competentes para combatê-lo.Lenha na fogueira também ajuda.
As fábula fabulosas continuam sendo leitura obrigatória nesses dias glaciais.Um beijão a todos
Marta
Olá Srta Martinha.... Estávamos saudosos de tuas visitas. Sejas bem-vinda sempre. Pois é, como eu escrevi, somos sobre-viventes por aguentar o jugo do general. Além da sopa, do calor humano e da lenha, precisamos da esperança para alcançarmos o calor da primavera ainda vivos... Apareças sempre.
Postar um comentário