A coisa comum negligenciada é o pior do inferior.
Nossa cordial saudação, apesar da chuva intensa e o prenúncio* de muito frio vindo por aí.
Seríamos todos 'raposas' a desprezar as coisas bastantes 'familiares'? Não no sentido de 'família', mas no sentido de 'comum'? Pois tal como o leão, tais coisas podem revelar um lado muito instintivo e atacar-nos. Esta fábula é sinopse** da verdade que vivenciamos no cotidiano***.
Antes da transcrição, vale aqui agradecer elogios da Sra.Mô, imerecidos, lembrando que este trabalho é para as crianças, sem esconder ou solapar a vida e suas nuances, daí o 'glossário', aliás, adotada por sugestão dela. ATÉ AMANHÃ...
*s.m. aquilo que precede e anuncia, por indícios, um acontecimento ¤ etim regr. de prenunciar;
**s.f. 1 visão geral, golpe de vista lançado sobre o todo de uma ciência, de um objeto de ensino ou de pesquisa 2 relato breve; síntese, sumário
***adj. (sXIII cf. IVPM) 1 que acontece diariamente; que é comum a todos os dias; diário 2 p.ext. que é comum; banal
XXXIV - A Raposa e o Leão
Na primeira vez que a Raposa viu o Leão, ficou tremendamente amedrontada e correu a se esconder na mata. Na vez seguinte porém, ela veio para perto do Rei das Feras, parando a uma distância segura, contemplando-o a passar. Na terceira vez em que eles se aproximaram, a Raposa veio diretamente a ele e passaram uma parte do dia juntos, enquanto ocasionalmente lhe perguntava como ia a família e quando teria o prazer do vê-lo novamente; ao fim do encontro, abanando a cauda de forma acintosa*, afastou-se sem qualquer cerimônia.
Moral:
"Familiaridade alimenta o desprezo"
*adj. 1 em que há ou que envolve acinte 2 mal-intencionado; malévolo 3 que causa aborrecimentos; apoquentador, teimoso, pertinaz
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