sexta-feira, 3 de julho de 2009

XIX - A Raposa e a Cegonha

Quae enim seminaverit homo, haec et metet.
Cada um colhe conforme semeia.

Olá companheiros de viagem. Saudações. Hoje veremos sobre a 'dissimulação', arma malvada dos pobres de espírito. Refletir sobre isso, significará a busca da pacificação. BOM PROVEITO.

XIX - A Raposa e a Cegonha

Uma época a Raposa e a Cegonha viviam em condições de amigas e se visitavam amiúde e pareciam ótimas companheiras. Certo dia a Raposa convidou a Cegonha para jantar e por brincadeira pôs diante dela um pouco de sopa num prato muito raso. Neste tipo de prato a Raposa podia beber facilmente, mas a Cegonha só podia molhar a extremidade do seu longo bico e deixou a comida, tão faminta quanto quando começou. “Eu sinto muito," disse a Raposa, "a sopa não é a sua comida preferida".

"Por favor, não se desculpe," disse a Cegonha. "Eu espero que você devolva esta visita e venha jantar em breve comigo". Assim no dia designado, quando a Raposa foi visitar a Cegonha, estavam elas sentadas à mesa e todo o jantar consistia num jarro muito longo, de boca estreita, onde a Raposa sequer conseguia colocar a boca na comida, apenas lambendo seu exterior.

"Eu não me desculparei pelo jantar,” disse a Cegonha e completou:

"Um mau momento merece outro em retribuição".

2 comentários:

MÔ disse...

Salve Vade!!!!
Ave Mecum!!!
Este apólogo de hoje, certamente, está entre os mais conhecidos da coleção de Esopo!
Também pode-se concluir, ao término da leitura, que nunca devemoss fazer aos outros o que não queremos que façam a nós.

Ou, ainda, que podemos receber o troco com a mesma moeda com que pagamos...

É esta a noção que anda meio difusa nos dias de hoje... agir com os outros como desejamos que ajam conosco...

Ainda bem que surge o Vade Mecum para reavivar as tintas dos nossos dias...

Obrigada Vade Mecum...
Beijos a todos.

Anônimo disse...

MAIS VALE UM MINUTO DE CONSTRANGIMENTO DO QUE A VIDA INTEIRA DE ARREPENDIMENTO