quinta-feira, 20 de agosto de 2009

LIX - A Raposa, o Galo e o Cachorro


Vulpes pilum mutat, non mores
A raposa muda de pele, mas não de manha


Bom dia amigos! A fábula de hoje nos toca a repensar sobre o ser 'malandro', 'ladino' ou 'dissimulado'. Cedo ou tarde, a realidade surge imponente, quer no papel de um cão de guarda simbólico, quer na dura letra da lei, fazendo fugir covardemente o 'artista'. BOA LEITURA e até amanhã...


LIX - A Raposa, o Galo e o Cachorro.


Numa noite enluarada, a Raposa estava rondando o galinheiro de um camponês e viu ali perto, um Galo empoleirado numa árvore, fora de seu alcance.

"Boas novas, boas novas!" exclamou ela.

"Por quê? O que aconteceu?" pediu o Galo.

"O rei Leão declarou uma trégua universal. Nenhuma fera poderá matar um pássaro daqui por diante e todos viverão juntos, na mais pura fraternidade”, completou a ladina raposa.

"Será esta uma boa notícia?" disse o Galo; "...opa, estou vendo lá alguém vindo e com quem poderemos compartilhar a novidade". E dizendo assim, ergueu o seu pescoço olhando ao longe.

"O quê você vê?" solicitou a Raposa.

"É somente o Cachorro do meu patrão que está vindo para cá!”.

"Porque está, indo embora tão depressa?" continuou, pois a Raposa já começava a correr. .

"Você não parará e felicitará o Cachorro no novo reinado de paz universal?".

"Eu o faria isto alegremente..." disse a Raposa, "... mas temo que ele possa não ter ouvido falar do decreto do rei Leão".


Moral:


"É freqüente a astúcia se enganar".



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