sexta-feira, 14 de agosto de 2009
LIV - O Avarento e o Invejoso
Amicitia quae desiit, nunquam vera fuit
Quem deixa de ser amigo, nunca o foi
Oi pessoal! A fábula de hoje é das mais enigmáticas deste conjunto. Confesso não ter açambarcado¹ sentido do conto. Seria a alegria pelas coisas, insensível no contexto do vício? Porque desejar a cegueira do vizinho depois de ganhar dois quartos cheios de ouro? Cheguei a pensar haver traduzido equivocadamente, mas não. Conferi esta fábula com outras edições, em inglês e português e todas têm o mesmo sentido. Decifrem o enigma... Até mais.
¹que ou aquele que açambarca ou toma conta de tudo
LIV – O Avarento e O Invejoso
Dois vizinhos foram juntos diante de Júpiter e pediram-lhe a concessão dos desejos de seus corações. Naquele momento de orações, um deles estava cheio de avareza e o outro carregado de inveje. Assim para castigar ambos, Júpiter concedeu que cada um pudesse ter tudo que quisesse desde que o vizinho tivesse em dobro. O homem Avarento rezou para ter um quarto cheio de ouro. Ninguém diria que a alegria do desejo realizado se transformaria em aflição ao saber que o vizinho tinha agora dois quartos cheios do metal precioso. Então chegou a vez do homem Invejoso que não podia agüentar o pensamento de que seu vizinho tivesse alguma alegria. Assim, rezou para que perdesse um de seus próprios olhos, de forma que seu vizinho ficasse completamente cego.
"O vício em si é o próprio castigo".
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