quinta-feira, 27 de agosto de 2009

LXV - A Raposa sem Cauda

Audacem vitreumque eadem vas terminat aetas
Homem atrevido dura como vaso de vidro


Olá amigos! Hoje o foco é a dissimulação¹ e a inveja, ambas no sentido de transferir aos outros, nossos infortúnios. Sempre haverá alguém para alfinetar esta tentativa inócua², daí, liguem o 'desconfiômetro' e não caiam nesta esparrela³ atrevida. BOA LEITURA e até amanhã...

¹ s.f. ação ou resultado de dissimular(-se) - ocultação, por um indivíduo, de suas verdadeiras intenções e sentimentos; hipocrisia, fingimento .

² que não causa dano moral, psicológico ou afim; improvável de causar ofensa moral

³ s.f. tipo de armadilha de caça - fig. infrm. logro, peça


LXV - A Raposa sem cauda


Certa vez uma Raposa prendeu sua cauda numa armadilha e lutando para se libertar, perdeu-a, restando-lhe um pequeno toco. No princípio andava envergonhada ao mostrar-se entre as outras raposas. Mas por fim ela determinou-se ter uma postura mais corajosa neste seu infortúnio e chamou todas as raposas para uma reunião geral, considerando ali uma proposta que teria que colocar diante delas. Quando as Raposas estavam reunidas, a proposta que ela fez foi de que todas deveriam cortar suas caudas. Mostrou como era inconveniente ter um rabo quando perseguidas pelos seus inimigos, os cachorros; o quanto esta cauda incomodava quando elas desejavam sentar-se e ter uma amigável conversação entre elas. Não via nenhuma vantagem carregar tal inutilidade, apenas dificuldades.

"Quer dizer, tudo muito bem," disse um das raposas mais velhas; "... mas penso que você não recomendaria a dispensa de nosso principal ornamento, se não tivesse acontecido tê-lo perdido, não é mesmo?".

Moral:


"Desconfie dos conselhos interesseiros".

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