sexta-feira, 28 de agosto de 2009
LXVI - A Corça Caolha
Dictum ac factum
Dito e feito
Bom dia amigos! Estes olhos já viram. Outro dia mencionei o conceito 'consciência coletiva' e de como já vivi este fenômeno. A espécie humana tem este 'magnetismo', tal cardumes de peixes ou batalhões de formigas, agindo coletiva e conscientemente. Alguns preferem dizer 'inconsciente', mas entendo ser bem consciente.
Lendo a Britannica, aprendi que as grandes mudanças sociais, advém deste 'frisson coletivo'. Quando criança, por anos, tínhamos estes ciclos lúdicos, onde sem avisos ou combinações prévias, todos no bairro, apareciam com determinado brinquedo e suas regras rígidas, ao mesmo tempo, como se um ímã houvesse determinado: a partir de hoje, ciclo da bola-de-gude, ou do pião, ou do dardo, ou da pandorga e assim por diante. Nunca se questionavam as regras e todos viviam em harmonia tribal. Interessante não é? As fábulas ressuscitam este sentimento.
A fábula de hoje é triste, mas retrata a ação predadora do homem. Seria o destino imutável¹? Não teríamos como modificá-lo? Fica a questão para cada um pensar. BOA LEITURA e até amanhã...
¹ adj.2g.- que não está sujeito a mudar; permanente, constante, imudável.
LXVI - A Corça Caolha
Uma Corça havia tido o infortúnio de perder um dos seus olhos e não podia mais enxergar alguém chegando daquele lado. Assim, para evitar qualquer perigo, ela costumava alimentar-se em um alto precipício, ao lado do mar, com seu olho incólume olhando para a terra. Por isto, ela podia ver sempre quando os caçadores chegavam por terra e freqüentemente escapava a tempo. Mas, os caçadores descobriram que ela era cega de um olho, e contratando um barco, remaram até debaixo do precipício onde ela se alimentava e derrubaram ao do mar. “Ah..." gritou ela com a sua voz agonizante,
"Você não escapa de seu destino".
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