quarta-feira, 3 de março de 2010

203ª - O Pastor e o Mar - Tarzan 1/2

Gaudia principium nostri sunt doloris
Atrás de um gosto, vem um desgosto


Bom dia a todos! A fábula de hoje traz um dos ditos mais repetidos e por isso mesmo, de constantes aparecimentos. O perigo ronda as águas calmas - nem sempre águas - daí, nosso cuidado para não perder tudo. A prosa ESSES OLHOS VIRAM... vai mostrar alguns dizeres sobre Edgar Rice Burroughs e seus escritos. BOA LEITURA e até amanhã.

...Quem foi Tarzan. Seu autor, Edgar Rice Burroughs (1875 – 1950), escreveu uma série de romances - 25 títulos, de 1912 até 1947 -. Seu herói é descendente da nobreza inglesa (Lorde Greystoke III) e único sobrevivente do desastre aéreo - ainda bebê -, quando seus pais pereceram, em pleno Congo Belga. Foi criado por uma macaca e seu grupo, tornando-se o Rei das Selvas.

O autor, creiam-me, nunca pisou em solo africano ou mesmo, conheceu o habitat das feras narradas. Mas com intuição e domínio das palavras, criou em milhões de mentes, o imaginário de aventuras sensacionais. Árabes, turcos, caravanas, mercenários, pigmeus, tesouros perdidos ou achados, feras gigantescas, traição, amizades, amor, frustrações, raptos e seqüestros, enfim, um caldo espetacular. Destes romances tenho uma só dedução: foi o primeiro embate entre meu poder de imaginação e o de outras pessoas. Os filmes e gibis da época, não se comparavam com o Tarzan que andava como o vento pelos cipós da minha mente. Curioso é que nem mesmo a espécie de macacos que o criou está bem definida (‘mangani’ é a denominação do autor – seriam gorilas ou chimpanzés? -). Apenas prevalece dela, suas lealdades, seus desejos, suas invejas e suas finitudes bem definidas. Na posse de um punhal achado entre os destroços do avião de seu pai ou com seu grito cavernoso e terrificante na vitória, este macaco-homem dominou todas as feras, matando-as para se defender ou se alimentar, ao mesmo tempo em que cativava o espírito de aventuras da piazada.

Vale a pena um passeio por estes livros. Aconselho seguir a ordem de criação, pois estão alinhavadas com o desenvolver da trama total.

TO BE CONTINUED




203ª - O Pastor e o Mar

Um Pastor conduziu seu rebanho para alimentá-lo, até perto da costa e vendo o mar que finge estar calmo, quase um espelho, fica com um forte desejo em velejar. Assim ele vende todas suas ovelhas e compra um pequeno barco de carga à velas. Não tinha ido longe quando uma tempestade surgiu e o seu navio foi destruído e a carga toda perdida e com dificuldades, escapou da morte. Não muito depois quando o mar estava novamente tranqüilo e um dos seus amigos surgiu e estava admirando a calma das águas, disse a ele: "Tenha muito cuidado, meu bom companheiro, aquela superfície espelhada que você está olhando, só serve para jogar fora seus valores".

Moral:

"Águas paradas são perigosas!"

Um comentário:

Dna. Mô disse...

Salve grande Vade!

Obrigada por atender ao nosso singelo pedido!
Certamente, Burroughs, onde quer que esteja (passeando na montaria de um enfeitado elefante, ou voando sobre as asas de imensos pássaros das savanas...) deverá estar rejubilando-se por tão honroso resgate!

Valeu, Vede!
Beijos a todos!