quarta-feira, 17 de março de 2010

214ª - A tartaruga e os dois Patos - 'A pescaria' 1/2

Balbus balbum rectius intellegit
Sabido é andar com seus semelhantes


Bom dia amigos! A fábula de hoje nos mostra a importância
da discrição em nossas vidas. A prosa ESSES OLHOS VIRAM... retorna contando outro episódio insólito acontecido. Boa leitura.


...a pescaria! Data e hora: um domingo de fevereiro em 1977, as 17h45min. Local: Florianópolis, ao lado da Catedral Metropolitana no centro da bela capital catarinense, num imponente edifício de um banco estadual. Lá estava ele a me olhar, zombeteiro. Havia caído na marquise entre o mezanino e o térreo do prédio, como se escapando com sucesso das batidas que eu lhe dava para aprumá-lo e tirar-lhe algum resquício de sujeira. Mesmo distante uns dez metros abaixo, não perdera sua imponência. Talvez o amarrotado da queda, lhe ferira um pouco o orgulho. Era um imenso tapete estilo persa, com quatro metros de comprimento por três de largura. Ali, inerte e todo amontoado, estava fora do meu alcance. Fiquei a admirá-lo, ensimesmado como recuperá-lo. Sairíamos da cidade, em retorno de férias, na madrugada seguinte. O tempo andava ameaçador com tempestade para qualquer momento. O banco só reabriria pela metade da manhã seguinte. Deixá-lo ali – exposto - nem pensar, pois seria uma desfeita à cunhada que havia cedido o apartamento para um período perfeito de lazer. Nestas horas, o cérebro fervilha e soa como uma fábrica. Uma luz me avisou: ‘eu havia visto no depósito das vassouras, uma belíssimo caniço em fibra de vidro, com grossa linha de nylon para pescas em alto-mar, anzol próprio para cações e magnífica chumbada!’. Meu concunhado que me perdoasse qualquer dano, mas eu não tinha escolha.

TO BE CONTINUED


214ª - A Tartaruga e os Dois Patos

Uma Tartaruga, cansada de sua humilde casa, resolveu visitar terras estrangeiras, mas não sabia de qual modo iria. Ela conversou com dois patos para lhe mostrarem a estrada e eles lhe falaram que a melhor maneira era viajar pelo ar. De tanto implorar suas ajudas, eles fizeram com que ela agarre uma vara com sua boca e assim eles elevaram-na até o alto. Como eles voavam juntos, as pessoas boquiabertas em baixo, gritavam à vista do espetáculo. A tartaruga confundiu os gritos com aplausos. "Eu seguramente sou uma rainha," disse ela. Mas ao abrir seu bico para falar, perdeu o cabo da vara, caindo ao chão, ficando em pedaços.

Moral:

"Aqueles que não podem andar por si, devem ficar em casa.".

Nenhum comentário: