Cena comessa venire
Chegar ao atar das feridas
Bom início de semana a todos! A fábula de hoje, traz um assunto já visto em outras historietas, ou seja, a pretensão de coragem após o fato estar resolvido. A moral que ela traz, deve fazer parte de nossas existências. A prosa ESSES OLHOS VIRAM... conclui a narrativa sobre o brinco perdido. BOA LEITURA e até amanhã...
...Corri fechar a torneira da pia e imediatamente retornei ao sifão. Tal um minerador vasculhei cada milímetro quadrado e. nada do brinco. Não desanimei, deveria haver alguma forma de remeter este bendito para fora da rede de canos, ao menos até o sifão, pois dali em diante ele não passaria Dei início a uma série de idéias correlatas, até deixando a imaginação fluir solta, feita correnteza de um riacho. Então, surgiu uma luz, como o professor Pardal antes de uma invenção. Apanhei o aspirador de pó para verificar sua possibilidade. Toda bomba de sucção – princípio básico do aspirador de pó – remete o ar para fora do sistema quando ativada. Se observarem o fundo de um aparelho aspirador, em funcionamento, sentirão o ar sair com extrema velocidade por um orifício. Esta saída, geralmente pode acoplar a mesma mangueira que succiona o pó, invertendo o efeito, ou seja, em vez de aspirar vai soprar. Com efeito, fiz a adaptação e coloquei a outra extremidade da mangueira no ralo da pia, não sem antes correr um pouco de água. Firmei e liguei a máquina. Um jorro de ar, gigantesco, penetrou na rede hidráulica, empurrando tudo que havia ali. Ouvi a água bater com enorme força no sifão do box e repentinamente, um tilintar soou em meus ouvidos, como um acorde de Frédéric Chopin, na sua mais linda Serenata. Desliguei tudo e corri até o box olhar no sifão. Ali estava ele - cintilante - dentro da água como a sorrir, alegre e aliviado por sair do túnel escuro. Senti a felicidade dos velhos garimpeiros no oeste norte-americano, quando no Rio Colorado, descobriam pepitas de ouro. Minha idéia funcionou perfeitamente. E o brinco? Daí alguns meses foi furtado por uns pivetes, juntamente com o par. A sensação então, pode ser traduzida pelo antigo adágio: ‘O homem põe e Deus dispõe’, verdadeira espada de Dâmocles sobre nossas cabeças.
218ª - Os dois Soldados e o Ladrão
Dois Soldados viajavam juntos, quando foram surpreendidos por um Ladrão. Um deles fugiu imediatamente; o outro ficou ali firme a se defender com sua mão direita forte. O Ladrão foi abatido e o companheiro tímido, volta correndo e puxa a sua espada e aprumando seu agasalho de viagem, diz: “Eu vou até ele e tomarei cuidado para que aprenda quem o enfrentou”. Nisto, o soldado que havia lutado com o Ladrão respondeu: "Eu só desejaria que você tivesse me ajudado, ou até mesmo, só estivesse comigo dizendo tais palavras, porque eu teria sido encorajado, acreditando ser verdade; mas agora, guarde sua espada na bainha e segura tua língua igualmente inútil, pois você poderá enganar quem não te conhece. Realmente, eu que vi com que velocidade fugiu, sei bem que nenhuma dependência pode ser colocada a teu favor”.
Moral:
"Quando um covarde é descoberto, suas pretensões de valor são inúteis.".
segunda-feira, 22 de março de 2010
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