terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

196ª - A Rã Tagarela - Nosso crânio 1/2

Cum dixeris quod vis, audies quod non vis
Quem diz o que quer, ouve o que não quer

Bom dia pessoal! A fábula de hoje nos mostra o ridículo quando se pretende subir 'além das chinelas'. Não prometer o que não se pode cumprir é a lição de ética desta historieta.

A prosa ESSES OLHOS VIRAM... retorna com um périplo que achei interessante. Espero não ser maçante. BOA LEITURA e até amanhã.

...e relatam uma viagem memorável. Antes um curioso esclarecimento. Na Idade Média era costume manter-se sobre as escrivaninhas ou estantes dos escribas, pensadores, monges e estudiosos, um crânio, ora sem a mandíbula, ora com ela. Em busca das razões para isto, fui à busca da explicação. Seria uma macabra morbidez? Por fim, encontrei o porquê de tal costume. Nada mais do que a simples lembrança da finitude humana e o que resta após a vida
.
Aquelas pequenas caixas ósseas, ali sem pensar, nem agir, sem visão ou audição, sem paladar ou olfato, certo dia, raciocinaram, atuaram, enxergaram estrelas, ouviram ondas do mar, experimentaram um tempero novo e que recitaram um verso, repousavam – quietas -, numa função primordial.

William Shakespeare pôs um de seus personagens, Hamlet, mirando um crânio dizendo: “Ser ou não ser, esta é a questão!”.

Contemplar a nós mesmos nesta forma é muito complicado, mas encontrei como e isto, partilharei com todos vocês.

TO BE OONTINUED



196ª - A Rã Tagarela

Uma Rã proclamou certa vez, a todas as feras que ela era uma médica instruída e capaz de curar todas as doenças. Uma Raposa lhe perguntou: "Como você pode fingir em prescrever para os outros, quando você não pode curar o seu próprio andar manco e sua pele enrugada?".

Moral:

"Aqueles que fingem poderem curar os outros, deveriam primeiramente se curar e então obterão mais prontamente os créditos.".

Um comentário:

Michaela disse...

Bãn... a impermanência de tudo é uma das coisas mais difícies de se contemplar... se não a mais difícil. Os budistas insistem muito nesse ensinamento: tudo passa.. até a uva passa... por isso nossos apegos e aversões, se olhados sob essa perspectiva, não são tão importantes assim.
Muito legal!
E o que será que vem depois que nossas lindas cabecinhas e limpos cabelinhos virarem decoração filosófica?
Mistéééério.....