quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

191ª - Os Bois e os Açougueiros

Tarde, sed tute
Devagar se vai ao longe



Bom dia caros amigos e amigas. A fábula de hoje, como poucas, toca no assunto 'tanatos' de forma sutil. A morte como castigo é uma constante no mundo esopiano, mas tratada como irremediável fim, poucas vêzes. O velho e matuto boi da historieta, já prenuncia a sua passagem e clama serem os algozes especialistas, ou seja, minimizando o sofrimento. É um assunto que cada um pode e deve refletir, não de forma costumaz, mas sim, como oração de alento.


191ª - Os Bois e os Açougueiros

Foi uma vez, os Bois buscaram destruir os Açougueiros que praticavam o comércio destrutivo para sua raça. Eles se juntaram num certo dia para levar a cabo tal propósito e afiaram os seus chifres para a batalha. Um deles, extremamente idoso (muito judiado por arar os campos), assim falou: “Estes Açougueiros, é verdade, nos matam, mas eles o fazem com mãos hábeis, e sem dor desnecessária. Se nos livrarmos deles, estaremos em mãos inexperientes e assim sofreremos uma morte dolorosa: para vocês pode estar assegurada esta libertação e que todos os Açougueiros devam perecer, contudo nunca ide aos homens que apreciem carne de boi".

Moral:

"Não tenha pressa em trocar um mal pelo outro.”

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