quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

181ª - O Macaco e o Gato - poesia Canto do Vento

Latet anguis in herba
A serpente se oculta na grama


Bom dia amigos! A fábula de hoje nos traz uma amostra sobre a apropriação indevida e como pode haver castigo. A moral da historieta resume bem o sentido desta impropriedade.

ESSES OLHOS VIRAM e aprovaram o poema de uma artista contemporânea de Portugal. Segue a mesma linha de JK Peixoto e vale a pena ler várias vêzes a poesia. Busque o sentido profundo dos temores de não mais ter temores...



Esta noite o vento ceifa os bosques e
uma raiva sacode a terra. Se a voz
do mar chamasse pelas velas, os estreitos
aguardariam um naufrágio. E se dissesses
o meu nome eu morreria de amor.
Devo, por isso, afastar-me de ti – não
por ter medo de morrer (que é de já não
o ter que tenho medo), mas porque a chuva
que devora as esquinas é a única canção
que se ouve esta noite sobre o teu silêncio.

Maria do Rosário Pedreira
O Canto do Vento nos Ciprestes
Lisboa, Gótica, 2001


181ª - O Macaco e o Gato.


Um Macaco e um gato viviam na mesma família e era difícil dizer quem era o maior ladrão dentre eles. Um dia, como estavam vagueando juntos, eles espiaram algumas castanhas que assavam nas brasas. “Venha," disse o macaco esperto, "Não iremos sair sem nosso jantar hoje. Suas garras são melhores que as minhas para arrancá-las das brasas ; você as tira quentes!". O Gato assim fez, sacando uma por uma e queimando muito as suas patas. Quando tinha roubado-as todas, percebeu que o macaco havia comido cada uma delas.

Moral:

"Um ladrão não pode ter confiança, nem mesmo de outro ladrão.”

2 comentários:

laura htinha disse...

Copiei essa fábula para o trabalho da minha escola. É muito boa ela!!!!!!!!

Isabela disse...

Legal! Muito boa para o trabalho da minha escola... Valeu!!! :D