Em 31 de outubro de 1900, o governo do estado do Rio Grande do Sul eleva a colônia Conde D'Eu à condição de município, que passa a chamar-se de Garibaldi.
12/04/1907 – Carlo estático diante de sua silenciosa mulher, esposa e mãe, ainda ouvia - ressoando em sua mente -, os gritos de ‘Aiuto!’. Buscava forças no passado para fugir do desespero do presente. Alguns anos antes, dezenove, - ele e Maria Santa juntos com Gigio, subiam a serra rumo a então Colônia Conde D’Eu.
Recordava mostrar para Maria Santa a imponência de árvores desconhecidas. Com troncos enormes e galhadas assustadoras, lembravam o pinheiro norueguês. Ali estava o futuro para seu ofício. Maria Santa sorria enigmática. Seu ventre já trazia o primeiro fruto dos nove que iria parir.
Lembrava também do bordo, magnífica árvore, ainda no aprendizado à marcenaria. As ferramentas e equipamentos chacoalhavam tinindo nos lombos das mulas. Estava feliz.
O pesado odor das velas queimando e dos copos-de-leite trouxeram-no de volta ao velório, Carlo nem percebia a ausência do feto feminino que causara a tragédia. Seu olhar vagueava entre a querida imóvel e os filhos. Sua esperança estava em Gigio, agora com Elisa. Certamente iriam ajudá-lo a criar a prole.
Therezinha, Gomercindo, Santo, Adilce Lucia Albina (Dirce), Celeste, Elide, Marcos Lourenço e Ana estavam estupefatos. A mãe não acordava mais..
To be continued
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