Outro dos percursos, enviesando a rota costumeira, seguia até o Correio em busca de alguma postagem. Dali, cruzando a ponte sobre o límpido Marrecão, bordado pelos chorões, rumo até o armazém do seu Mânica, o estabelecimento do seu Gallina, a ferragem Cisilotto, seu Antoniazzi e na volta, um pulo na ferraria do primo Tercílio.
Não raro, em dia de pouco sol, uma ida até as cantinas, abraçar os conhecidos: Cooperativa Garibaldi – um portento -, Carraro e Brosina, George Aubert ou Peterlongo. Como eram muito distantes, fazia-se uma por vez. Sempre havia o tempo para cultivar a amizade.
Pelo caminho, nas manhãs, uma das distrações era adivinhar o perfume culinário que assomava os ares, numa disputa sobre quem mais acertava:
- Osmarim!
–‘O que é osmarim?’
-‘É o teu alecrim!’ – disse o vô. Risos
Toucinho, alho porró, salsão, cebola e alho refogados com tomates, orégano, sálvia, mangerona, mangericão, cominho, coentro, manteiga fritando, batatas e carne assadas, rúcula ou agrião recém colhidos, pão saindo do forno de barro. As sopas e canjas. Um festival aromático que antecedia o almoço. Nas tardes, eram os odores doces das frutas em passas e açucaradas, descansando em bandejas de vime nas janelas, dos bolos e caramelados. O café moído na hora e coado em água fervente, exalava seu perfume para longe.
O trajeto do dia seguinte, iria até a Ermida. Visitariam o seu José Zoppas, iriam tomar a benção na Igreja Matriz, dar um abraço no Mereb e passear na praça central.
To be continued
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