terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mestieri: sarto - 2

O avô contava sempre a história da cidade. O neto ouvia atento.

1870 – Província do Rio Grande do Sul – Ato do seu presidente – João Sertório – cria pólos para povoamento e colonização do planalto serrano no estado. As sedes de assentamentos e divisões são criadas: Conde D’Eu e Dona Isabel.

1873 – Segundo alguns registros de historiadores, foi o ano da chegada dos primeiros imigrantes, provindos do Tirol. Eram setecentas pessoas, com a índole agrícola e pastoril... Algumas famílias suíças – cerca de quarenta -, já estavam aportadas na região. Os italianos acompanhados por um sacerdote, padre Bartholomeu Tiecher, deram início a civilização. A primeira família tomou assento: Cirillo Zamboni, esposa e filhos.

Em poucos anos, os frutos da terra: uva, vinho, milho e da criação: aves, suínos e gado leiteiro, catalizados pelo cooperativismo, impulsionam o pólo Conde D'Eu para um progresso não imaginado. As cartas entre os dois países – Brasil e Itália – indo e indo ao balanço dos vapores, pipocavam com anseios de mais e mais conterrâneos virem à nova pátria.

Da ocupação colonial, a sede do município já clamava pelas profissões urbanas: ferreiros, marceneiros, carpinteiros, mascates, tanoeiros, pedreiros, sapateiros, barbeiros, padeiros, açougueiros, serralheiros, alfaiates e outras tantas. Com a moeda girando velozmente, encadeia-se um intransferível eldorado.

To be continued

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