quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

153ª - Os Peixes Grandes e Pequenos - 'Zio Can' 2/2

In medio stat virtus
A virtude está no meio



Bom dia caros leitores! A fábula de hoje é de um conteúdo muito simples, mas trazendo grande mensagem. Para as crianças nada melhor que imagens ingênuas demonstrando uma lição. A prosa de hoje, conclue um pequeno relato, iniciado ontem e que nos mostra o vivenciar na década de 50. Continuando ESSES OLHOS VIRAM...

...nos tempos após a Segunda Grande Guerra Mundial - aqui na região - falar ou discursar se não em português, significaria detenção e custosas explicações. Naquela época um velho senhor italiano, costumeiro aos círculos dos aperitivos, após algumas rodadas, insatisfeito com os rumos das batalhas na Europa, gritava doidamente: ‘Porco quel’, ‘Porca quela’, ‘Maledetto questo’, ‘Madonna’ ‘Dio c..’. Esta última blasfêmia então, era merecedora de uma corruptela amansadora, usada pelo próprio blasfemador, para ferir menos os ouvidos e a dignidade religiosa. Ele gritava: ‘Zio can!’.

Os seus amigos, aflitos com os berreiros etílicos e suas conseqüências trágicas, pensaram como ensiná-lo a insultar em português. Porém, o único enunciado, passível de uma versão menos ofensiva era este último descrito acima. A imprecação ficou assim: ‘Tio cachorro’, já que ‘zio’ é como se chamam os ‘tios’ na Itália. Pois o nosso cidadão aprendeu e de tanto dizê-lo, ficou sendo conhecido na cidade inteira como o : ‘lá vem o Tio Cachorro!’, assim estigmatizado por seu destempero verborrágico.


153ª – Os Peixes Grandes e Pequenos

Um Pescador estava recolhendo a rede que tinha lançado no mar, cheia com todos os tipos de peixes. Os Peixes pequenos escapavam pelas malhas da rede, e voltavam ao fundo do mar, mas os Peixes grandes eram todos pegos e puxados ao bote.

Moral:
"Nossa insignificância freqüentemente é causa de nossa segurança".

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