terça-feira, 1 de dezembro de 2009

147ª - A Raposa e o Tigre


Daemonium vendit, qui daemonium prius emit


Quem diabos compra, diabos vende

147ª - A Raposa e o Tigre

Um hábil Arqueiro entrou nos bosques, dirigiu suas setas tão acertadamente que matou muitas feras selvagens e seguiu procurando por várias outras. Isto colocou o mundo selvagem numa consternação medrosa, fazendo todos correr para as moitas mais afastadas na busca de refúgio. Por fim, o Tigre se tomou de coragem e licitando a todos não terem nenhum medo, disse que ele sozinho enfrentaria o inimigo; dizendo que todos poderiam contar com seu valor e sua força para vingar as injustiças.

No meio destas ameaças, enquanto ele estava chicoteando com o seu rabo e arranhando o chão para demonstrar sua ira, uma seta perfurou as suas costelas, ferindo seu ponto mais fraco, o seu lado. Ele soltou um rugido horroroso e alto, ocasionado pela angústia que sentia e empreendeu tirar o dardo doloroso com seus dentes; quando a Raposa, chegando perto, indagou com um ar de surpresa: "Quem é esse que pode ter força e coragem bastante para ferir uma fera tão selvagem?" - "Ah!" disse o Tigre, "eu estava enganado: este homem é invencível!”.

Moral:

"Sempre há alguma parte vulnerável na armadura mais forte".


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