sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Portas ao Vento

Ontem, uma porta na vizinhança, bateu por horas ao sabor do vento. Por inspiração dela, surgiu este poeminha....

Portas ao vento – Accorsi JC


Portas batendo ao vento,

Avisam com ritmar,

Tem alguém macilento,

Querendo ali entrar.


São elas, almas penadas,

Ao léu em lento vagar,

Vieram antes do tempo,

E buscam um caseiro lugar.


Correi abrir ou fechar,

Só não permita o bater,

Elas querem um lugar,

Onde nada têm a fazer.


Montando volúveis brisas,

Logo elas dão adeus,

Querem batidas precisas,

A embalar sonhos seus...


Até mais...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rapsódia

RAPSÓDIA

Era uma vez, um rapsodo competente. Na sua Grécia antiga o costume de se tornar declamador profissional - das poesias épicas -, tinha esta denominação.

O que lhe caía nas mãos, transformava em rapsódias memoráveis, cujas encenações tornavam-se clássicos memoráveis.

Não havia fronteira ou povo naquela antiguidade que impedisse a divulgação dos feitos heróicos, das conquistas ou dos atos sobre-humanos, quando contados por ele, através de sua arte.

Na Itália, como em tantos outros países do Mediterrâneo, até os dias atuais existem temas, originados da forma como ele a criou. Seu nome? Não importa. Importa ouvir Andrea Bocelli cantar Rapsódia,

http://www.youtube.com/watch?v=aji-RVfnZIo


Rapsódia – trecho declamado

lo vorrei
liberarti domattina
e vorrei
vederti volare
sui nevai come prima

Tu, cosi lontana
seppure ormai
cosi vicina
E l`anima se ne va
verso l`eternita.

Rapsodia. – trecho cantado


lo vorrei
liberarti il cuore
e vorrei
restare indietro
e fare finta di cadere.

Perche cosi sei piu vicina
a illuminar
la vita mia
E l`anima se ne va
verso l`eternita.
L`anima, se ne va

Perche cosi sei piu vicina
a illuminar
la vita mia
E l`anima se ne va
verso l`eternita.

Até mais...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Anjo da Guarda


Certa tarde - ao cair do sol - vieram-me à mente os tempos onde ouvíamos o Ângelus – quando os sinos batiam - e graças eram elevadas por mais um dia profícuo ou pela saúde dos enfermos.

Por nostalgia coloquei a tocar um cd clássico e fiquei a ouvir a versão latina original, imaginando o senso de gratidão de quem a compôs, musicou e de quem entoava no coral.

Angele Dei,
qui custos es mei,
me, tibi commissum pietate superna,
hodie illúmina, custódi,
rege et gubérna.
Amen.

Que oração poderosa! Na simplicidade de suas palavras barrocas, o mistério de nossa existência. Resolvi então homenagear os ANJOS editando a oração quase esquecida e fazer dela para cada um que a ler, bálsamo espiritual.

Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege,
me guarda, me governa
me ilumina
Amém.

Até mais...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Saber-se eterno


Tenho uma teoria sobre nossas exitências. Talvez uma tese, mas certamente uma hipótese. Somos eternos...

Enquanto avançamos em idade, aumentamos os temores ao desconhecido, ou seja, onde vamos parar? Por isso urgem os questionamentos e afirmativas, ora esdrúxulos, ora sábios. Quem não parou para pensar nisso?

Minha teoria baseia-se em ser a fé o único obelisco que nos orientaria neste périplo. Não a fé apregoada por ‘vendilhões do templo’ mas a fé de cada um, por mais estranha que ela fosse. Fixo-me na idéia de que originamo-nos de duas células, alguns átomos num meio orgânico e... eis a luz. Quando apagamos, retornamos aos átomos básicos e neles estaremos de modo eterno, como poeira estelar. Nada destrói um átomo básico, nem o tempo.

Por isto, falo com meus átomos de modo frequente, num monólogo instrutivo e confortador, pois juntos – eu e eles -, estaremos perene e eternamente.

Lidar com histórias do passado, como neste blog, tem sido uma bela experiência e tem nos ensinado ter a humildade benigna.

Até mais...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Imigração Italiana ao Brasil


Aos que me lêem, ocasionalmente ou como seguidores, pedirei licença para editar uma carta que fizemos em 2005, agradecendo homenagem prestada pelo poder públicoecendo homenagem prestada pelo poder p licença para editar uma carta que fiz em 2005, aos imigrantes italianos que vieram ao Brasil.

Quis o destino que nossos antepassados aqui viessem e estabelecessem raízes. Nem de longe poderiam imaginar que um dia, suas memórias, suas lutas, suas lembranças e seus descendentes, estariam sendo homenageados.

Tudo o que fizeram, naqueles idos, foi em nome da sobrevivência, da honra, da família e da lembrança de uma pátria deixada para trás.

Acolhidos que foram, por esta generosa dádiva que é o Brasil, aqui fincaram conceitos de uma cultura, onde cada gota de suor e de sangue, dignificou suas existências.

Queremos agradecer à Prefeitura Municipal de Nova Prata e ao Museu da cidade, pela honra deste reconhecimento - e de justo - o estendemos para todas as outras famílias aqui aportadas, pois só com a união delas, foi possível aliviar a dor da separação, suportar a saudades dos que não vieram e superar as dificuldades da adaptação.

Nós aqui presentes, temos plena consciência de que os homenageados - de alguma forma - estão observando e guiarão com mãos fortes nossos destinos, como inegável herança.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Frente Sul

Costumavam ser invernos longos e tenebrosos na região. Duravam meses ininterruptos. Umidade gélida onde até as pedras sofriam. O consenso era que toda habitação NÃO fosse construída em terreno com frente para o sul geográfico. Ah sim, frente do terreno era o indicativo para uma morada digna durante os invernos ou miasmáticas nestes períodos.

O corretor, homem sisudo e acostumado às lides com vontades alheias, olhou-o de soslaio e retrucou: ‘Amigo, todos querem qualquer frente, MENOS a frente sul! Que faço eu?’

‘Se eu construir obliquamente minha morada, haveria algum empecilho?’, arguiu o homem interessado na compra. ‘Acho que não e afinal, este terreno é barato e lhe faço condições vantajosas’. O comprador suspirou e gemeu: “Fechado!’

Era uma linda construção naquelas paragens. Todos queriam saber o porquê da construção ser oblíqua à orientação frente sul do terreninho, numa forma rara e estranha da dispor um mausoléu.

Até mais...


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Retorno dos Generais!

Era da vida! As pessoas castigavam as concordâncias verbais, as formas, os tempos, número e flexão dos verbos, tão contundentemente que resolvi sonhar. Adormeci!

Meu guia surgiu entre as brumas de uma tarde enevoada e fria. ‘Onde queres ir?’ me perguntou. Respondi rápido antes que desaparecesse: ‘ À sala encantada dos verbos!’

Num instante, atalhando o caminho por alamedas tortuosas, estávamos diante do prédio nosso conhecido. Subimos a escadaria e entramos na sala que eu havia pedido. Os generais ali estavam tristes e silenciosos. Demonstravam isolamento e gostariam de participar mais da vida real. Atirei o verbo ‘ir’ ao centro da mesa e para minha alegria comecei a ouvir: ‘ Vou, ia, irei, iria, fui, fora, vá, fosse, for, vai tu, ir, indo, ido!’ (no blog anterior damos a ordem dos tempos)

As declinações na primeira pessoa de um verbo tão complexo, me pareceu facilitar o chamado das demais pessoas. Que maravilha nossos estudantes contarem com uma maquininha que conjugasse os verbos. Acordei ouvindo: “Tu vai dormir muito!?’ (sic)


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os Generais!

Meu guia falou: ‘Venha, vamos conhecer algo interessante!’. Seguimos por uma rua arborizada, com casarões palacianos, pouco movimento de passantes ou veículos. Diante de um imponente prédio ele parou e disse: ‘É aqui!’.

Subimos ampla escadaria após adentrarmos por um saguão imponente, todo marmorizado. Diante de uma porta de dupla folha, em carvalho cinzelado, murmurou: ‘Entremos!’.

No centro de uma sala imensa, com paredes forradas por livros em prateleiras de madeira escura – deduzi ser nogueira -, uma mesa enorme com várias pessoas.

Meu guia iniciou a apresentação dos personagens: ‘Da esquerda para a direita – os irmãos Indicativo; Presente, Pretérito Imperfeito, Futuro do Presente, Futuro do Pretérito, Pretérito Perfeito e Pretérito Mais-que-Perfeito!’. Tomando fôlego, apontou para o outro lado da mesa, continou: “Ali, na mesma ordem, os irmãos Subjuntivo; Presente, Pretérito Imperfeito e Futuro. Seguindo, seu primo; Imperativo-Afirmativo e sobrinhos Formas Nominais; Infinitivo Flexionado, Gerúndio e Particípio.

Pasmo, pensei com meus botões, cofiando os bigodes: ‘Que família! Quem a conhecesse estaria em boas mãos’.

O guia cutucou-me e disse: ‘Jogue um verbo sobre a mesa!'

Surpreso atirei o verbo ‘amar’. Pela ordem fui ouvindo, ao tempo em que cada personagem transfigurava-se, assumindo as formas do verbo citado: ‘Amo, amava, amarei, amaria, amei, amara, ame, amasse, amar, ama tu, amar, amando, amado’.

Percebi estarem declinando a primeira pessoa do singular, o ‘eu’ - com exceção do Imperativo-Afirmativo e os dois últimos; o Gerúndio e o Particípio -, deixando para mim o trabalho em declinar as demais pessoas.

Encantado, lancei o verbo ‘querer’. Ouvi logo: ‘Quero, queria, quererei, quereria, quis, quisera, queira, quisesse, querer, quere tu, querer, querendo, querido.’

Treze generais, um exército de palavras, uma imensidão de sentimentos. Acordei, foi um sonho!

Até mais...


sábado, 23 de julho de 2011

Frog! 4/4


Pulei para trás tamanho o choque. Foi quando o vi. Devia pesar um quilo. Preto com manchas de um amarelo fluorescente. Olhos saltados, enormes. Pernas robustas. Podia não ser um espírito maligno, mas era o maior sapo e dos mais feios que eu já vira. Com um sonoro ‘FROG!’ pulou da soleira da porta para se esconder debaixo do balcão da sala.

Minha tarefa agora multiplicara. Despachar as beatas. Retomar a confecção do pão e tirar o sapo do interior da casa.

Pedi sinceras desculpas para s crentes dizendo do pão e do sapo. Saíram quase correndo. Enquanto ultimava a massa, cuidava com o sonoro ‘FROG’ a fera e suas tentativas para conhecer a casa.

Quando o carrilhão iniciou a seqüência dos quatros quartos de hora completada e o número de badaladas correspondente à hora, meu amigo postou-se a olhá-lo. Peguei uma vassoura, abri a porta. Como sabendo o seu destino, como se piscando um olho para mim, ele saiu. Deve ter satisfeita sua vontade de conhecer o carrilhão.

Foi o melhor pão já feito apesar de tantas coincidências !

Até a próxima...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Frog! 3/4

Com meus botões pensei: ‘O que estas igrejas não inventam. Agora criaram o espírito maligno que adentra nas casas dos incautos!’

Repeti o pedido de como poderia ajudá-las. A senhoraa mais madura disse: ‘Viemos trazer um convite. O senhor não quer conhecer seus antepassados?’

Pensei no pão e sua parada fatídica. Teria que declinar o convite sob pena de perder a mistura já processada. Foi quando levei um susto! A mais jovem dasa senhoras gritou histericamente: ‘Ele entrou!’

To be continued

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Frog! 2/4

Estático, paralisado, fiquei aguardando para decidir qual dos sons era o mais premente. O telefone ganhou a prioridade. Atendi-o. Foi fácil pedir para que aguardassem uma chamada em retorno. Fui â porta, pois a campainha cessara e não costumo deixar de atender. A mistura da massa do pão que aguardasse!

Com olhares aterrorizados, duas jovens senhoras, Bíblias nas mãos, me aguardavam. Educadamente, pedi se poderia ajudar, mesmo sabendo onde iria terminar nossos colóquios.

A mais jovem, com voz trêmula murmurou: ‘Cuidado meu senhor! Ele vai entrar!!’ Fiquei pasmo e apalermado. ‘Quem?’ balbuciei.

To be continued

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Frog! 1/4

Às vezes chego a pensar nem pertencer a esta dimensão cósmica. Quem acompanha meus escritos saberá do que falo, ou seja, as coincidências permeiam e muito minha vida.

Certa manhã, resolvi fazer um pão integral, com receita própria e bem nutrido de grãos e fibras. Dá trabalho e requer acompanhamento sob ‘judice’.

Mergulhado entre potes, farinhas, balança, máquina assadeira e afins, toca o telefone e simultaneamente a campainha da porta. O relógio carrilhão, diante de tamanha sonoridade resolveu bater as horas junto.. Era uma orquestração ‘suis generis’.

To be continued

sábado, 16 de julho de 2011

O benzedor! 2/2


‘Tu és filha da Anita de Garibaldi, não és?!’ Minha esposa não escondia o espanto diante do nome da mãe. O benzedor desandou num choro convulsivo e comovente. As lágrimas escorriam-lhe dos olhos. Erguendo as mãos como se orasse, exclamou: ‘Deus não me deixaria morrer sem ver Anita mais uma vez!’. A velhinha, sem jeito, tratou de acalmá-lo com palavras humoradas. E o ancião completou: ‘Foi o único amor verdadeiro que tive!’, e olhando minha mulher disse: ‘És o retrato de tua mãe!’

Mais calmo nos contou a história. Ainda moço, por volta de 1925, enamorado por Anita, fora ganhar a vida,abrindo estradas no estado de Santa Catarina. Enviava seguido correspondência para Anita – envelopes dentro das cartas -, e soube mais tarde quando voltou que os primos solapavam-nas, deixando Anita sem notícias dele. Havia se casado e ido morar em outra cidade.

Esbravejou irado contra os primos.

Em Santa Catarina aprendera a benzer com um velho índio bugre. Apanhando uma semente brilhosa, traçou na minha espinha uma série de hieróglifos, entoando orações. Presenteou-me com a semente e beijando a palma da mão de minha mulher disse apenas: ‘Obrigado!’

Saímos dali, meu mal cessou, cancelei a cirurgia e nestes 30 anos, nunca mais fui molestado pelo incômodo benzido.Nosso benzedor faleceu pouco depois.

Esta força que une tudo a todos gravitacionalmente, é um mistério. O fato está contado. Cada um tire suas conclusões.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O benzedor! 1/2

ESSES OLHOS VIRAM... O ancião debruçar-se sobre o prato de sopa a sorvê-la com lentas colheradas ritmadas. Sua esposa fazia o mesmo do outro lado da mesa. Não trocaram um olhar ou uma palavra. Minutos antes, ele havia nos recebido à porta e nos levara – eu e minha mulher – até a sala e pedira-nos que esperássemos uns instantes. De onde estávamos, podíamos vê-los sem sermos vistos. Acabada a sopa, tomou meio copo de um vinho tinto e dirigiu-se a nós.

Pela manhã eu havia ido ao médico para uma consulta e saíra do consultório com cirurgia marcada já para o fim da tarde. Era quase meio-dia. Não sou muito chegado à alopatia e do nada, me veio à lembrança o benzedor afamado na cidade. Apesar da hora resolvemos ir vê-lo.


To be continued...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os piões

Imagine-se no solo, do tamanho de uma formiga, dentro de um círculo traçado com uma ponta metálica. Junto contigo, uma dezena de piões, com vários tamanhos e cores, jogados ali como apostas por um grupo de piás.

Súbito, vários silvos ensurdecedores. Parece ser uma quadrilha de aviões à jato. Mas não, são os piões assaltantes, girando em rotações inimagináveis. Eles surgem de todos lados, uivando selvagemente ao saírem de uma fieira – espécie de corda fina – lambuzada de breu para melhor prendê-la à sua madeira.

As pancadas das pontas aguçadas, fazem estragos irrecuperáveis. Os piões ali atirados e indefesos são alvos fáceis. Um dos objetivos é tirá-los do círculo,dom o pião-assaltante, trocando de dono, já que quem arremessou-o fora, toma sua posse. Os piões mais bonitos e coloridos, se tornam objetos da sanha destes mísseis, saindo da batalha totalmente arruinados.

As fieiras, possuem comprimento exato para enrolar o pião e compor com o braço do atirador, o aríete até próximo do solo. Quanto mais perto do chão a fieira soltar o pião, mais preciso será o tiro.

Ainda tens o tamanho de uma formiga? Então, uma ponta metálica girando milhares de rotações por minuto, acaba de atingir-te...

Até mais...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quando uma foto fala!


Meados da década de 40. Segunda Grande Guerra em terras européias, africanas, asiáticas e americanas. Todos os povos - direta ou indiretamente - são envolvidos pelo conflito.

As alianças vão sendo costuradas, ora por ideologias, ora por afinidades raciais ou então, pelo embate entre nazismo, fascismo e imperialismo contra capitalismo,e comunismo, então aliados.

No interior do nosso estado, colonizado por levas de alemães, italianos, portuguêses, judeus e japoneses, a salada de fruta estava feita. Confiscos, proibições, sanção aos heróis ibéricos que denominavam logradouros públicos, enfim uma barafunda.

Na calada da noite, aparelhos de rádios clandestinos sintonizavam as ondas curtas de emissoras do além-mar e as notícias alegravam ou entristeciam os ouvintes.

Porque do assunto?

Por que uma foto revela um momento festivo entre os italianos de Garibaldi, certamente alguma batalha ganha.

Meu vô - dono de um destes rádios clandestinos - faz pose blasé, como dizendo: 'Viva a virtualidade que tudo ressuscita’.

Até mais...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Un bel mondetto!

Esses olhos viram...O pároco do bairro sentar-se confortavelmente e iniciar um relato por ele vivido.

Uma vovó, quase centenária lutava desesperadamente contra sua debacle física. Certamente de muitas lutas vencidas, ela não se entregaria jamais. Várias extremas-unções nas noites frias, inúmeros rebates falsos, tantas fornadas de cucas para acepipe do velório e...nada. Um rochedo!

Da última chamada, o vigário retornava naquele momento e acabrunhado contou-nos seu diálogo com a anciã.

Chegando perto da moribunda soprou:
'Nonna! Siamo tutti stanchi. Bisogna che Lei vada in pace. Nell’altro mondo non ci sono paure, e non ci sono malatie. Chiuda gli ochi e andiamo insieme!' *

A vovó virou a cabeça e num leve esgar sussurou:
'Ma prete, anche questo è un bel mondetto!' **

*- ‘Vovó! Estamos todos cansados. É preciso que você fique em paz. O outro mundo é sem medos, sem doenças. Feche os olhos e vamos juntos.’

** ‘Mas padre, também este é um belo mundinho!’
As exéquias se realizariam meses depois. Uma bela lição...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mein fünf lieben!. - (Minhas cinco amadas)

Meados da década de 50.

Cercados por vizinhoz alemães, nós os italianos, fazíamos com eles o Eixo. Nossas amizades transcendiam o meramente formal. As tradições germânicas eran trocadas pelos costumes itálicos. Uma destas tradições era cada um possuir suas cinco mulheres amadas.

Após muito tergiversação, consegui as minhas: Maúde, Maetê, Marilu,Malú e Maísa.

Todos na vizinhança possuiam seus quintetos. Algumas eram magricelas e desminlingüidas, outras fornidas e cheinhas. Os bailes - com elas - eram acrobático e se realizavam nos átrios planos e lisos das casas que os tinham. Cada quinteto vestia-se de forma igual.

Na dança, enquanto uma das amadas saltava em piruetas no ar, leve e solta, antes de tocar a nossa mão, as outras quatros eram sistematicamente tapeadas para dentro do castelo. A porta de entrada era compposta por duas vigas: a média a a indicadora, além do do travessão polegar. Conforme a tática de montagem, a porta dobrava de tamanho, possibilitando a entrada de todas amadas simultaneamente no balê final.

As regras eram dezenas e os passos das danças paulatinamente mais complicados. Uma arte este jogo chamado cinco-marias.

Uma de nossas diversões pré televisão.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Homem de coragem!

Retomando historietas das crônicas ESSES OLHOS VIRAM, relembro o início da década de 50. O costume dos açougues em cada bairro.

Acanhados, escuros e algo fétidos, abasteciam às donas-de-casa diariamente com este artigo de luxo para a época - a carne -. Verdadeiros cirurgiões, os açougueiros tiravam das carcaças, em malabarismos estonteantes, nacos do melhor músculo em segundos. Se alguém solicitasse um pedaço com osso, manobravam a serra manual com um olhar enviesado para o cliente, como se serrando o braço ou a perna do desditoso.


Geralmente solícitos estes heróis fizeram parte do crescimento da sociedade brasileira.

Era nossa obrigação conhecer cada tipo de corte ou denominação - além do uso final -. Acém, alcatre, filés - duplo,simples ou mignon -, agulha, ponta-de-peito, coxões - mole, duro, de dentro ou de fora -, paleta, tatú, músculos para se moer na hora e assim por diante. Os miúdos também eram parte desta arte.

Certo dia estávamos na fila, aguardando a vez, quando uma senhora pediu: 'Sr. Alfredo - nome do açougueiro -, o senhor tem peito?'

Um silêncio constrangedor invadiu o ambiente.

O franzino Alfredo olhou-se e complacente respondeu: 'POUCO... MAS TENHO' Caímos todos na gargalhada...

Imaginem pedir por uma rabada então!


Até mais...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um olá para todos!

Fazia muito tempo que aqui não vinha. Os personagens de Esopo e das minhas toscas palavras já iniciavam a reclamar. Antes de duas linhas de hoje, minhas boas-vindas para Rúbia. Divirtam-se!


MUSA-HUMANIDADE

AINDA QUE MAL: TE QUERO BEM,
AINDA BEM QUE O MAL TE QUERO NÃO.
AINDA QUE BEM, TE SOU NINGUÉM,
O BEM E O MAL... ANDAM JUNTOS NA SOLIDÃO!

Aos poucos voltaremos... Um abraço do amigo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mestieri: sarto - 20


Sob a regência da professora e historiadora Elenita Girondi, digna curadora do Arquivo Histórico e do Museu de Garibaldi, o tempo se verga e nos abre páginas passadas, trazendo em marcha uníssona os nomes destes artesãos do ofício alfaiate:

LUIZ TONIAZZI – Vila

Classificação dos impostosLivro intendência Municipal de Garibaldi – Impostos diversos – 01 – 1903 – 0.1: 14/10/1903 – 15/10/1908 – 10/12/1908 -23/10/1909- 1911 – 1912- 1913

Livro: Eleitores Estaduais: 0.1 – 1906 – 3.

Livro:Alistamento Geral de eleitores: 0.1 -1903 – 3.7

Livro Alistamento Eleitoral: 0.1 -1905 – 3.7

Livro:Alistamento eleitores Federais: 0.1 -1904 – 3.7

Livro:Alistamento dos Eleitores do 1º Distrito da primeira Seção: 0.1 – 1902 – 3.7

Livro registro de Impostos 03 – 1912 – 01( 1914 a 1923) - 1915

HUMBERTO BENEDETTI – GARIBALDI NOVA N° 12

Classificação de impostos

Livro: Lançamento Provisório e Ano 1906 01 – 1905 – 0.0: 14/10/1903/ 23/10/1909/1911/1912/1913

Livro Eleitores da 4ª Seção Clube Borges de Medeiros 0.1 – 1900 – 3.7

Livro Registro de Impostos 0.3 – 1912 – 0.1 (1914 a 1923) – 1914 -1915 – 1916 – 1917 – 1918 – 1919 – 1920 – 1921 – 1922 - 1923

ERNESTO MARIANI - VILA

Classificação dos impostos

Livro: Lançamento Provisório 0.1 – 1905 – 0.0 e 1906

LUIZ TROMBINI – FIGUEIRA DE MELLO, Nº 62

Livro 2º Distrito, 2ª Seção 0.1 – 1902 – 3.7

Livro Lançamento provisório e 1906 (Neg. 2ª Classe) 0.1 – 1905 – 0.0: 24/11/1904 e 10/12/1908

livro Alistamento Eleitoral Federal 0.1 -1899 -3.7

Livro Alistamento Eleitoral Estadual 0.1- 1906 – 3.7

Livro:Alistamento Geral de eleitores Estaduais: 0.1 -1903 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1904 – 3.7

Como um batalhão a desfilar garbosamente pela Estrada Geral – nossa Buarque de Macedo –estes nomes traaaaaazem lembranças de um bom tempo. Os livros e anos de registros traçam a trajetória comercial destes abnegados.

PAOLO SBARAINI – BOA VISTA Nº4

Livro Lançamento Provisório ano 1906 – 1904 – 1908 – 10/12/1908 -23/10/1909

Livro Classificação dos Impostos 1912

Livro registro de Imposto 03 – 1912 – 01 (1914-1923) -1915

FRANCISCO EGWADT – AZEVEDO DE CASTRO Nº 89

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1:

16/10/1906

EMÍLIA WAGNER – AZEVEDO CASTRO 2ª SEÇÃO, SUL Nº 86

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1- 1909-1911-1912-1913

Livro: Registro de Impostos 03 – 1912 – 0.1 (1914-1923) -1914-1915

FRANCISCO EGEWATH – AZEVEDO DE CASTRO 2ª SEÇÃO Nº 89

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1 – 1909- 1908 – 10/12/1908 – 1911- 1912

Livro 2º Distrito, 2ª Seção 0.1 – 1902 – 3.7


Quis o destino que um dia fossem relembrados, numa pequena história onde se misturam ficção e realidade.

FELIPPINI ARASMO – FIGUEIRA DE MELO Nº 60

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1 -15/10/1908

DALMAZIO FERRARI – FIGUEIRA DE MELLO

Livro de Atas 01 – 1900 – 3.7

Livro eleitoral Estadual 01 -1906 – 3.7

Livro de Chamada dos Eleitores do 2º Distrito 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores federais 01 – 1902 -3.7

Livro alistamento Geral dos eleitores Estaduais 01- 1903- 3.7

livro Lista de Eleitores 01 – 1904 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores de Garibaldi 01 – 1905 – 3.7

ERASMO FILIPPINI – FIGUEIRA DE MELLO Nº 60

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1 – 10/12/1908 - 19/12/1913

Livro Classificação dos Impostos ano 1911

Livro Registro de Impostos 03 -1912 – 0.1 – (1914 a 1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918 – 1919 – 1920

FRANCISCO DOS SANTOS - VILLA

Livro Classificação dos Impostos ano 1911/1912/1913

Quantos matarão a saudades em ver um nome querido nesta listagem?

FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS – ARARIPE

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1918

ANTÔNIO BENVENUTO DEMARCHI -

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1901 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

livro Alistamento Eleitoral 01 – 1905 – 3.7

Livro alistamento Eleitoral Federal 01 -01904 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1906 –

DANTE ANTÔNIO TONIAZZI – VILLA

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1901 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

JOÃO SGARIA

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1901 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

Garibaldi se orgulha destes artistas que no fim do século XIX e início do século XX prestaram seus serviços à comunidade.

JOSÉ DE ACETIS -

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1901 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

Livro Alistamento Eleitoral 01 – 1905 – 3.7

Livro Lisa de Eleitores 01 – 1906 – 3.7

FRANCISCO BARILI – AZEVEDO CASTRO

Livro Lista de Chamada dos Eleitores do 2º Distrito

MARCOS PICOLOTTO – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos (1914-1923) – 1919 – 1920 – 1921

LUIZ TONIAZZI FILHO – FIGUEIRA DE MELLO Nº60

Livro Classificação dos Impostos 13/10/1909 – 1911 – 1912

Como é bonito vê-los em marcha, levando o nome da cidade através dos tempos.

MÜLLER SANTOS - VILLA

Livro Classificação dos Impostos 23/10/1909

ANTÔNIO POSSAMAI – FIGUEIRA DE MELLO

Livro dos Eleitores dos Distritos e Seções Eleitorais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1901 – 3.7

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1906 – 3.7

DOMINGOS MAZZARINO - FIGUEIRA DE MELLO Nº 35

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1- 1911-1912

PEDRO MARCH -

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1904 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1906 – 3.7

A Itália, pátria distante, berço desta arte, também reverencia a corajem dos imigrantes.

SERAPHIM ONGARO – VILLA

Livro Alistamento dos Eleitores Federais 01 – 1902 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1905 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1906 – 3.7

AMBRÓSIO TONIAZZI – SEDE

Livro alistamento dos Eleitores do 1º Distrito da 1ª Seção 01 – 1902- 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Estaduais 01 – 1903 – 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Federais 01 – 1904 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1905 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1906 – 3.7

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) 1915 – 1916 – 1917 – 1918 – 1919 – 1920 - 1921 -1922 – 1923

AUGUSTO TONIAZZI – SEDE

Livro alistamento dos Eleitores do 1º Distrito da 1ª Seção 01 – 1902- 3.7

Livro Alistamento Geral de Eleitores Federais 01 – 1904 – 3.7

Livro Lista de Eleitores 01 – 1905 – 3.7

Livro Lista de Eleitores Estaduais 01 – 1906 – 3.7

JOÃO CASAGRANDE – FIGUEIRA DE MELLO Nº36

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1 -1912 – 1913

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1914

Elegantes, sisudos, empertigados, garbosos e únicos. Os alfaiates vão desfilando ante nossos olhos.

ADELMO DELLA NINA – ESTRADA GERAL 1ª SECÇÃO CARLOS BARBOSA

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1 -1912 – 1913

LUIZ BENINI – FIGUEIRA DE MELLO Nº90

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1918

LOURENÇO BAZZANELLA – FIGUEIRA DE MELLO Nº 60

Livro Intendência Municipal de Garibaldi – Impostos Diversos – 01 – 1903 – 0.1 - 1913

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1914 – 1917 – 1920 – 1921

BAPTISTA CONCI – AZEVEDO CASTRO Nº43

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1918

O som da marcha cadenciada vai sumindo ao longe e o tempo volta ao presente lentamente.

CASEMIRO BALDI – VILLA

Livro Lista de Eleitores 01 – 1905 – 3.7

Livro Diversos Impostos 03 – 1913 – 0.0

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917

ALMIRO MARIANI – SEDE

Livro Alistamento Geral de Eleitores Federais 01 – 1904 – 3.7

Livro Alistamento Eleitores Estaduais 01 – 1906 – 3.7

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1922 – 1923

JOSÉ BRANDT – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1918 – 1920

OCTAVIANO DOMINGOS MAGLIA - SEDE

Livro Alistamento Eleitores Estaduais 01 – 1906 – 3.7

ROSA CORBELINI – COSTA REAL

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1916– 1917

PAULO SBARAINI – ESTRADA GERAL 1ª SECÇÃO Nº6

Livro Diversos Impostos 03 – 1913 – 0.0

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) –1914 - 1916– 1917 – 1918

OSVALDO JOÃO FREDERICO MÜLLER – VILLA

Livro Diversos Impostos 03 – 1913 – 0.0

STEFANO AROLDI – VILLA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1917 – 1918

VIRGINIA BAPTISTA – ARARIPE N°11

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1916 - 1917 – 1918 – 1919 – 1920 – 1921 – 1922

CATHARINA CARNIEL – AZEVEDO CASTRO 2ª SECÇÃO Nº 64

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1914

ÂNGELO LETTRARI - FIGUEIRA DE MELLO Nº 63

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1914 – 1916 – 1917

ALBERTO MAGNI – VILLA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918

MAXIMINO ALGERI – FIGUEIRA DE MELLO Nº 114

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1923

ERNESTO STEFANI – ESTRADA GERAL 2ª N° 19

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1919 – 1920 – 1921 -1922

LUIZ CENATTI – FIGUEIRA DE MELLO Nº 81

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918 - 1919 – 1920 – 1921 -1922 – 1923

RACHEL MANFROI – FIGUEIRA DE MELLO Nº 1

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915

LUIZ ETCHEGOYEN – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918

RAINOLDO SIMMER – IPIRANGA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) - 1923

JOSÉ GEREVINI – BARÃO DE COTEGIPE Nº13

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1914 - 1915 – 1916 – 1917 – 1918


Ei-lo! Lembram? Um dos três heróis que salvou o templo católico da queima total.Um corajoso alfaite...

AGOSTINHO BEAL – AZEVEDO CASTRO Nº84

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1916 – 1917 – 1918 - 1919 – 1920 – 1921

MARIA REMONTI – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918 - 1919 – 1920 – 1921 -1922

REINALDO WOLFREN – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1918

EMÍLIO ZIRBES – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918

ANNA BERTOTTO – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1915 – 1916 – 1917 – 1918 - 1919

CEZAR DALLACORTE – GARIBALDI NOVA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) 1919 – 1923

CAETANO GROSSI – VILLA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) -1923

LUIZ ZAMBONI – VILLA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) - 1919 – 1920 – 1921 -1922 – 1923

ALBERTO KLEIN – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1919

LUIZA MANFROI – ALENCAR ARARIPE

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) - 1919

ALBEROT KERBER – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1920

ANDRÉ GRASSIANI – BOA VISTA Nº11

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) - 1922 - 1923 -

ANNIBAL CORBELLINI – VILLA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1921 -1922

BENEDICTO PISONI – FIGUEIRA DE MELLO Nº71

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1921 -1922 – 1923

DAVID FERRARI – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) – 1921 -1922 – 1923

JOÃO NEDEL – CARLOS BARBOSA

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) - 1922 – 1923

ANGÉLICA COMPARSI – ESTRADA GERAL 1ª N°34

Livro Registro de Impostos 03 – 1912 – 01 – (1914 -1923) - 1922 – 1923

Os últimos, já cercados por alguns nomes femininos, nos acenam alegres, como prenúncio de debandada geral.. Nosso abraço a todos eles...

No desfile surgem as alfaiatarias do município de Garibaldi, no ano de 1932, algumas ainda remanescentes dos primórdios.

Ambrosio Toniazzi-Alfaiataria de 1º classe.
Caetano Grossi-Alfaiataria de 1º classe
Eugenio Paludo-Alfaiataria de 1º classe
João Nedel-Alfaiataria de lº classe
Oreste Armani-Alfaiataria de 1º classe
Rodolfo Pizzi- Alfaiataria de 1º classe
Stéfano Araldi-Alfaiataria de 1º classeVitorino Benedetti-Alfaiataria de 1º classe.
Vitorio Grigio-Alfaiataria de 1º classe.

Segue a relação dos alfaiates em 1948 - Contadoria da Prefeitura de Garibaldi.

Arduino J. Cattani Heitor Toniazzi
José Chies Primo
Lindo Polli

Luiz Zamboni
Orlando Nedel
Oreste V. Bonotto
Rodolfo Pizzi

Orgulho de um ofício, mestres das tesouras e agulhas, artistas obreiros de uma época, indispensáveis na história da cidade.

Saluto a tutti gl sarti !