Meados da década de 50.
Cercados por vizinhoz alemães, nós os italianos, fazíamos com eles o Eixo. Nossas amizades transcendiam o meramente formal. As tradições germânicas eran trocadas pelos costumes itálicos. Uma destas tradições era cada um possuir suas cinco mulheres amadas.
Após muito tergiversação, consegui as minhas: Maúde, Maetê, Marilu,Malú e Maísa.
Todos na vizinhança possuiam seus quintetos. Algumas eram magricelas e desminlingüidas, outras fornidas e cheinhas. Os bailes - com elas - eram acrobático e se realizavam nos átrios planos e lisos das casas que os tinham. Cada quinteto vestia-se de forma igual.
Na dança, enquanto uma das amadas saltava em piruetas no ar, leve e solta, antes de tocar a nossa mão, as outras quatros eram sistematicamente tapeadas para dentro do castelo. A porta de entrada era compposta por duas vigas: a média a a indicadora, além do do travessão polegar. Conforme a tática de montagem, a porta dobrava de tamanho, possibilitando a entrada de todas amadas simultaneamente no balê final.
As regras eram dezenas e os passos das danças paulatinamente mais complicados. Uma arte este jogo chamado cinco-marias.
Uma de nossas diversões pré televisão.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
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