Costumavam ser invernos longos e tenebrosos na região. Duravam meses ininterruptos. Umidade gélida onde até as pedras sofriam. O consenso era que toda habitação NÃO fosse construída em terreno com frente para o sul geográfico. Ah sim, frente do terreno era o indicativo para uma morada digna durante os invernos ou miasmáticas nestes períodos.
O corretor, homem sisudo e acostumado às lides com vontades alheias, olhou-o de soslaio e retrucou: ‘Amigo, todos querem qualquer frente, MENOS a frente sul! Que faço eu?’
‘Se eu construir obliquamente minha morada, haveria algum empecilho?’, arguiu o homem interessado na compra. ‘Acho que não e afinal, este terreno é barato e lhe faço condições vantajosas’. O comprador suspirou e gemeu: “Fechado!’
Era uma linda construção naquelas paragens. Todos queriam saber o porquê da construção ser oblíqua à orientação frente sul do terreninho, numa forma rara e estranha da dispor um mausoléu.
Até mais...
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