sexta-feira, 19 de junho de 2009
VII - O Rato da cidade e o Rato do campo
Felix sua sorte contentus.
Contente-se com seu estado, quem quiser viver sossegado.
Bela lição desta fábula. Nunca se está contente com o que se tem e isso, cobra preço elevado.
VII - O Rato Citadino e o Rato Camponês
Agora, você vai saber sobre um Rato Citadino e sua visita, certa vez, ao seu primo no interior, o Rato Camponês. Este era áspero e rude, mas amou a visita do primo da cidade, lhe proporcionando uma acolhida cordial. Capim e gramas, era tudo que tinha para oferecer e assim o fez, graciosamente. O Rato Citadino empinou o longo nariz diante desta gentileza rural e disse: “Eu não posso entender, Primo, como você agüenta esta comida pobre, como essa, mas claro, você não pode esperar nada melhor neste interior; venha comigo por uma semana e eu lhe mostrarei como viver. Lá na cidade, admirar-se-á como pôde ter estado nessa vida, tanto tempo". Tão logo dito isso, os dois ratos partiram para a cidade e chegaram tarde da noite à residência do Rato Citadino. -"Você quer um pouco de comida depois de nossa longa viagem?", disse-lhe cortesmente o Rato Citadino, levando o primo ao jantar, na sala principal. Lá eles acharam os restos de um bom banquete e logo, estavam comendo geléias e bolos, além de feijões e toucinho, queijo e pão, tudo muito agradável. Repentinamente, ouviram rosnados e latidos. "O que é isso"? disse o Rato Rural. “Somente os cachorros da casa," respondeu o outro. "Só?!?!?!?" replicou o Rato Rural. Naquele momento, a porta da sala se abriu com violência e dois enormes mastins entraram ferozmente, obrigando-os a pular janela abaixo, para escapar. "Adeus, Primo," falou o Rato Rural, -"O que é isso? Indo tão depressa"? argumentou o outro. -"Sim," respondeu-lhe em desabalada corrida o Primo Camponês, -"Eu não gosto desta música no meu jantar", e completou: "Antes magro no campo que gordo na boca dos cães".
Moral: "Melhor capim em paz, do que bolos e geléias com medo".
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3 comentários:
Excelente leitura , essas fábulas.Apesar de terem sido escritas há séculos , refletem muito bem a natueza humana dos dias atuais.Para mim , é sempre uma ótima surpresa abrir o VADE MECUM.
Beijos a todos
Oi Marta! Gratos pela companhia. Alguns minutos de boa leitura, valem por horas de análise. Como é bom partilhar conhecimentos. Apareças quando quiseres e recomende a quem apreciar
artigos leves e divertidos.
Abração
Et post mala segete serendum est.
Por medo dos pardais não se deixa de semear cereais.
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