terça-feira, 30 de junho de 2009

XVI - O Lobo e o Jovem

Homo homini lupus.
O homem é o lobo do homem.


Olá pessoal amigo, nossas boas vindas de hoje. Uma fábula que demonstra o espírito covarde que comanda certas atitudes. Convém lembrar a distinção das pessoas realmente corajosas, não ao enfrentar feras ou gigantes, mas sim, situações teais. Um abraço a todos e amanhã...voltaremos.


XVI - O Lobo e o Jovem

Um Jovem estava empoleirado em cima do topo de sua casa e olhando para baixo viu um Lobo que passava por ali. Imediatamente ele começou a insultar e atacar o inimigo. “Assassino e ladrão,” gritou ele, “... o que o fazes aqui, perto das casas de pessoas honestas? Como ousas, aparecer onde tuas ações vis são tão conhecidas?".

"Amaldiçoado sejas, meu jovem amigo.” disse o Lobo.


Moral:

"É fácil ser valente a uma distância segura".

segunda-feira, 29 de junho de 2009

XV - AS Lebres e as Rãs


Deseruit nunquam sceleratum cura, timorque.
Ao que mal vive, o medo o segue.

Olá a todos! Nossos votos de um início de semana legal, com muita saúde e paz, sem frios ou calores anormais. Iniciamos a série desta vez, com as 'medrosas' lebres que - a muito custo -, concluiram haver sempre alguém com mais temores do que elas. Boa leitura...



XV - As Lebres e as Rãs


As Lebres eram tão perseguidas pelas feras que não sabiam mais aonde ir. Assim que viam a aproximação de um animal, elas fugiam correndo. Certo dia viram um bando de Cavalos selvagens em debandada e todas fugiram para um lago, em pânico, determinadas a submergir e morrer, pois viver assim era impossível, com tal estado ininterrupto de pânico. Mas assim que chegaram a um banco de areia próximo ao lago, um bando de Rãs, amedrontadas com a aproximação delas, fugiu saltando para dentro da água. “Verdadeiramente,” disse uma das Lebres,”as coisas não são tão ruins como elas parecem, pois assustamos também aos outros”.


Moral

"Sempre há alguém com mais medo do que você".

sábado, 27 de junho de 2009

XIV - O Trabalho das Montanhas


Fallitur visus.
As aparências enganam.


Olá. . . aqui Vade Mecum com mais uma fábula. Em tempo de diversão, hoje teremos um exemplo bem conhecido, ou seja, alarde demais, trabalho de menos. . . Um abraço a todos e segunda-feira... voltaremos


XIV - O Trabalho das Montanhas

Certo dia os camponeses notaram que as Montanhas estavam trabalhando; a fumaça saia dos cumes, a terra tremia aos seus pés, as árvores estavam chacoalhando e enormes pedras estavam caindo. Eles sentiam seguramente que algo de horrível iria acontecer. Todos se recolheram num só lugar, todos juntos, para ver que coisa terrível poderia ser. Esperaram e esperaram, mas nada aconteceu. Por fim, houve um terremoto ainda mais violento e uma enorme abertura apareceu no flanco das Montanhas. Todos camponeses caíram de joelhos e esperaram. Por fim e afinal, um rato pequenino, minúsculo, pôs sua cabecinha nas bordas da abertura e saiu correndo na direção deles. Desde então se diz:

Moral:

"Muito barulho, pouco resultado".

sexta-feira, 26 de junho de 2009

XIII - As Rãs que desejavam um Rei


Rex regnat, sed non gubernat.
O rei reina mas não governa.


Oi pessoal amigo! Eis a fábula de hoje e considerada a época de sua feitura, como a humanidade pouco progrediu nestes últimos 2700 anos em se tratando de comportamento. Esopo transferiu a postura de certos súditos às rãs e finaliza tal qual a realidade humana. Curtam! Até amanhã e um abraço

XIII - As Rãs que Desejavam um Rei

As Rãs viviam tão felizes quanto poderiam ser, num pântano lodoso, especialmente feito para elas; ali nadavam descuidadamente, sem se preocupar com nada, nem com ninguém. Mas algumas delas pensaram que isto não era certo e que deveriam ter um rei e uma constituição própria. Assim, estas rãs determinaram a feitura de uma petição para enviar a Júpiter e este lhes daria o que desejavam. -"Poderoso Júpiter," choraram elas "nos envie um rei que nos regerá e nos manterá em ordem". Júpiter riu dos seus coaxares e jogou ao pântano um enorme Tronco que se fincou no seu meio. As Rãs ficaram amedrontadas e atrapalhadas em suas vidas, pela comoção feita e todas se apressaram a ir para um barranco, olhando para aquele monstro horrível; mas depois de um tempo, vendo sua imobilidade, uma ou duas das mais corajosas, se aventuraram e foram até ele, ousando tocá-lo; ainda assim, ele não se mexeu. Então a maior heroína das Rãs saltou no Tronco e começou a dançar nele e logo depois, todas Rãs vieram e fizeram o mesmo; durante algum tempo, as Rãs fizeram isto diariamente, sem dar a menor ou a mais leve consideração ao seu novo Rei Tronco, fincado ali. Mas isto não serviu à elas e assim enviaram outra petição a Deus, Lhe pedindo, -" Nós queremos um rei verdadeiro; um que reine sobre nós". Este fato enraiveceu a Júpiter, assim ele enviou para o meio delas, uma grande Cegonha que logo começou a engoli-las e enquanto isto, o arrependimento surgiu, mas já era muito tarde.

Moral:
"Melhor sem regras, do que regras cruéis".

quinta-feira, 25 de junho de 2009

XII - A Andorinha e os outros Pássaros


Minima de malis.
Dos males, o menor.


Salve a todos que porventura vêm aqui ler. Nosso abraço e esperança que o frio amaine.

A fábula prometida de hoje é bem pertinente ao aprendizado sobre como devemos agir. Antes cedo do que nunca...


Abração


XII - A Andorinha e os Outros Pássaros

Aconteceu que um Camponês estava plantando algumas sementes de linho, num campo arado onde uma Andorinha e alguns outros pássaros estavam saltitando para apanhar seus alimentos.

-"Cuidem daquele homem,” alertou a Andorinha. -"Por quê, o que ele está fazendo?" pediram as demais aves. -"Isso é linho que ele está semeando; tenham cuidado para não deixar de apanhar todas sementes, ou então, vocês se arrependerão!”.

Os pássaros não prestaram nenhuma atenção às palavras da Andorinha e logo o linho cresceu, sendo transformado em cordas e após, em redes e muitos dos pássaros que haviam menosprezado o conselho da Andorinha, foram capturados por elas.

-"O que lhes avisei”? disse a Andorinha.

Moral:

"Destrua a semente do mal, ou ela crescerá para sua ruína."

quarta-feira, 24 de junho de 2009

XI - O Leão e o Camundongo


Ab alio exspectes, alteri quod feceris.
Como for teu trato, assim te trato.

Olá a todos. A fábula de hoje, demonstra que tamanho não é documento, não apenas tamanho físico, mas também tamanho circunstancial. Até amanhã...

XI - O Leão e o Camundongo

Uma vez quando um Leão estava dormindo, um Camundongo começou a correr para cima e para baixo, sobre ele, acordado-o. Agarrando o pequeno rato com sua enorme pata, abriu suas mandíbulas para o engolir. -" Perdoe-me, ó Rei , " chorou o Camundongo: "perdoe-me desta vez e eu nunca me esquecerei disto: quem sabe um dia poderei fazer algo em troca?". O Leão ficou compadecido à idéia de que um ratinho pudesse ajudá-lo, ergueu sua pata e o deixou ir. Algum tempo depois, o Leão foi pego numa armadilha, e os caçadores que desejavam levá-lo vivo para o Rei, o amarraram a uma árvore, enquanto eles foram em busca de uma carroça para o carregar. Foi então que o Camundongo passando por ali o viu. Notando sua tristeza, subiu e logo roeu as cordas que o prendiam, soltando-o. -"Eu não tinha razão?" disse o ratinho.

"Pequenos amigos podem proporcionar grandes amizades"

terça-feira, 23 de junho de 2009

X - O Asno e o Cão de estimação


Asinus ad lyram.
O asno não toca lira

Oi pessoal! A fábula de hoje, a décima, retrata algumas situações onde, com o 'desconfiômetro" desligado, assumimos papéis de inconvenientes. Não ser o que se não o é, lição de vida.

Dias destes, cheguei com minha nave na estação 62. Como tem sido a cada ano, terei 365 dias para conhecê-la, pois como nas estações precedentes, este recanto da vida tem muito a oferecer. Foi assim nas estações 10, 15, 20, 25, 50 ou 60. Todos partimos de lugares independentes, ora de 1947, ou 1948, ou 1950, ou 1954, ou 1980, ou de 1982 e o roteiro é igual. Minha alegria tem sido também, encontrar nas estações ditas, quase sempre a mesma esquadrilha, a me saudar e desejar boa estadia. Aqui, manifesto de público, meu agradecimento e desejoso de encontrá-los na estação 63.

X - O Asno e o Cão de estimação

Um fazendeiro foi certo dia aos estábulos cuidar de seus animais de carga: entre eles estava o Asno, o seu favorito, o qual, sempre fora bem alimentado, pois freqüentemente levava-o em seus trabalhos. Aquela vez, com o fazendeiro, fora o seu cãozinho que dançava aos pulos em seu redor, lambendo-lhe a mão, tão feliz quanto poderia ser. O fazendeiro tomou de seu bolso, um petisco e deu um pedacinho ao cão, sentando-se, enquanto dava as ordens aos seus criados. O cãozinho pulou ao colo do seu patrão e piscando os olhos, enquanto o fazendeiro acariciava suas orelhas.. O Asno, vendo aquilo, se soltou do cabresto e começou a empinar-se animadamente, imitando-o . O fazendeiro não poderia senão se manter em gargalhadas. Isso deixou o Asno tão entusiasmado que se ergueu, pondo os cascos nos ombros do homem, tentando subir em seu colo. Os criados do fazendeiro, pensando o pior, um ataque ao patrão, se apressaram para cima do animal com varas e forcados e ensinaram-no que: “É asneira tentar ser uma coisa que não se é.”

segunda-feira, 22 de junho de 2009

IX - O Leão Moribundo


Leoni mortuo lepores insultant.
Leão morto, lebre insultante...

Oi pessoal! Com os votos de uns dias saudáveis e divertidos, aí vai a primeira fábula da semana, como as outras, cheia de verdade

IX - O Leão Moribundo

Um Leão havia chegado ao fim de seus dias e adoentado à morte, deitou-se à abertura de sua caverna, ofegante. Os animais, subordinados a ele, vieram em volta, mais e mais próximos, na medida de sua impotência. Quando viram a ponto de morrer, pensaram: "Agora é hora de pagar por todos antigos rancores.". Assim, surgiu o Javali e atacou-o com suas presas; veio o Touro golpeando-o com seus chifres; e ali, numa posição desamparada, o Leão prostrado diante deles, quando surgiu o Asno que sentindo totalmente seguro do perigo, virou o seu rabo ao Leão e escoiceou-o na sua face. O último rosnado do Leão foi: "Isto é morrer duplamente".

Moral:

"Só os covardes insultam a majestade agonizante."


sábado, 20 de junho de 2009

VIII - A Raposa e o Corvo


Fallacia alia aliam trudit.
Uma mentira acarreta outra

Olá !! Aqui a fábula de hoje. Divertida e educadora. Um bom fim de semana a todos. Segunda-feira.... voltaremos.


VIII - A Raposa e o Corvo


Certa vez a Raposa viu o Corvo voando com um pedaço de queijo em seu bico e pousar num galho de árvore. -"Isso é para mim, pois sou Mestra!" disse caminhando até o pé da árvore e com uma mesura falou: -"Bom-dia, Mestre Corvo," completando: -"Como você está bem hoje: como suas penas estão lustrosas; como seu olhar está brilhante; eu seguramente sinto sua voz tem que ultrapassar às dos outros pássaros, da mesma maneira que sua imagem o faz; deixe-me ouvir uma canção sua, para que eu possa cumprimentá-lo como o Rei dos Pássaros!". O Corvo ergueu a cabeça e começou a gralhar o melhor que podia. Neste momento, abriu o bico e o pedaço de queijo caiu ao chão, para ser abocanhado pela Mestra Raposa. -"Assim está bem," disse ele. " Era tudo que eu queria. -"Em troca do seu pedaço de queijo lhe darei um conselho para o futuro:


Moral:


"Não confie em lisonjeadores".


sexta-feira, 19 de junho de 2009

VII - O Rato da cidade e o Rato do campo


Felix sua sorte contentus.
Contente-se com seu estado, quem quiser viver sossegado.

Bela lição desta fábula. Nunca se está contente com o que se tem e isso, cobra preço elevado.

VII - O Rato Citadino e o Rato Camponês

Agora, você vai saber sobre um Rato Citadino e sua visita, certa vez, ao seu primo no interior, o Rato Camponês. Este era áspero e rude, mas amou a visita do primo da cidade, lhe proporcionando uma acolhida cordial. Capim e gramas, era tudo que tinha para oferecer e assim o fez, graciosamente. O Rato Citadino empinou o longo nariz diante desta gentileza rural e disse: “Eu não posso entender, Primo, como você agüenta esta comida pobre, como essa, mas claro, você não pode esperar nada melhor neste interior; venha comigo por uma semana e eu lhe mostrarei como viver. Lá na cidade, admirar-se-á como pôde ter estado nessa vida, tanto tempo". Tão logo dito isso, os dois ratos partiram para a cidade e chegaram tarde da noite à residência do Rato Citadino. -"Você quer um pouco de comida depois de nossa longa viagem?", disse-lhe cortesmente o Rato Citadino, levando o primo ao jantar, na sala principal. Lá eles acharam os restos de um bom banquete e logo, estavam comendo geléias e bolos, além de feijões e toucinho, queijo e pão, tudo muito agradável. Repentinamente, ouviram rosnados e latidos. "O que é isso"? disse o Rato Rural. “Somente os cachorros da casa," respondeu o outro. "Só?!?!?!?" replicou o Rato Rural. Naquele momento, a porta da sala se abriu com violência e dois enormes mastins entraram ferozmente, obrigando-os a pular janela abaixo, para escapar. "Adeus, Primo," falou o Rato Rural, -"O que é isso? Indo tão depressa"? argumentou o outro. -"Sim," respondeu-lhe em desabalada corrida o Primo Camponês, -"Eu não gosto desta música no meu jantar", e completou: "Antes magro no campo que gordo na boca dos cães".

Moral: "Melhor capim em paz, do que bolos e geléias com medo".

quinta-feira, 18 de junho de 2009

VI - O Homem e a Serpente


Vivere tota vita discendum est
Viver é aprender

Nosso cordial cumprimento a todos. Hoje aprenderemos com o camponês e a serpente que o sofrimento da vida nos ensina. Esopo clarifica bem a dor da perda de algo e como isso implica em nosso comportamento. Boa leitura.

VI - O Homem e a Serpente

O filho de um Camponês, por de acidente, pisou no rabo de uma Serpente que se virou e o mordeu de forma que ele morreu. O pai, com raiva, adquiriu um machado e procurando a Serpente, cortou-lhe parte do rabo. Assim sendo, a Serpente em vingança passou a picar várias cabeças de gado do Camponês, causando-lhe perdas severas. "Bem...," o Camponês pensou “... melhor fazer as pazes com a Serpente" e trazendo-lhe comida e mel na abertura da sua toca, disse-lhe: "Esqueçamos e perdoemo-nos; talvez você tivesse razão em castigar meu filho, e levada à vingança em meu gado, mas seguramente também eu tinha razão em tentar a vingança; agora que ambos estamos satisfeitos, por que não deveríamos ser novamente amigos?”.

“““ Não, não,” disse-lhe a Serpente; “... tome seus presentes de volta; você nunca poderá esquecer da morte de seu filho, nem eu a perda de meu rabo”.

Moral:

“Podem ser perdoados os danos, mas nunca esquecidos.”


quarta-feira, 17 de junho de 2009

V - O Lobo e o Grou

Lupus pilum mutat, non mentem.
O Lobo muda a pelagem, jamais a natureza

Bom dia pessoal! Hoje tem fábula...antes porém, uma explicação sobre um dos personagem, o grou. É uma ave ornamental, existente apenas no hemisfério norte do planeta e totalmente dessconhecida de nós. No Japão, o grou de crista vermelha é sagrado e pleno de mitos. Em inglês, tem o nome de CRANE, que traduz-se por GRUA ou LANÇA GUINDASTE. A menção da família no reino animal, GRUNIDAE, auxiliou-nos na tradução.
Eis a bela fábula:

V - O Lobo e o Grou

Um Lobo estava a engolir um animal que havia caçado, quando, repentinamente, um osso pequeno aderido à carne atravessou em sua garganta e ele não pode mais engolir. Sentindo uma dor terrível na garganta, começou a correr ganindo, para cima e para baixo, uivando e buscando algo que lhe aliviasse a dor. Tentou induzir a todos que encontrava para remover o osso entalado. -"Eu daria qualquer coisa,“disse ele, ”... se você tirasse isto...”. Por fim, o Grou concordou em tentar e mandou o Lobo sentar ao lado dele e abrir as mandíbulas o mais que pudesse. Então, pôs seu longo pescoço, goela abaixo, até a garganta do Lobo e com seu bico fino, soltou o osso encravado, retirando por fim.

"Por gentileza, você quer me dar a recompensa prometida?”? solicitou-lhe o Grou.

O Lobo sorriu e mostrando os dentes disse: “Esteja contente. Você pôs a cabeça dentro da boca de um Lobo e tirou-a novamente, em segurança; isso deveria ser recompensa bastante para você”.

Moral:
"Gratidão e ganância não andam juntas."

terça-feira, 16 de junho de 2009

Disce pati, si vincere voles.

Aprenda a sofrer, se quiseres vencer!

Oi pessoal! Nossa saudação cordial - Hoje, teremos a última parte sobre a vida de Esopo, com final triste e sofrido, não merecido a quem deixou tantas lições, daí cremos que o sofrimento final, tenha redundado em vitória no OLIMPO, já que sua memória é por nós reverenciada, tal como nos últimos milênios.

Embora amplamente discutida, sua morte é atribuída ao roubo de uma xícara de ouro ou prata e a sentença para o crime seria o lançamento de um precipício em Delphos. Ele profetizou: “Vocês podem me matar, mas minha morte injusta trará grande infortúnio para você” e o Oráculo de Apolo confirmou ao Delfinianos que a peste resultaria em escassez e guerras foram causadas pela morte dele.

As Fábulas de Esopo foram contadas e re-contadas, sendo após então escritas e re-escritas por tempos incontáveis, como forma de entretenimento e educação. Esboços anedóticos e cômicos eram formas cotidianas de diversão em Atenas antiga e Delphos. Hoje estes trabalhos envolvem muitos aspectos da vida moderna, inclusive psicologia, política, espiritualidade, educação, saúde e riquezas. Esopo na modernidade ainda forma estudantes com sua influência e comentário sobre comportamento humano.

O comentário da Michaela diz bem o alcance destes contos fabulosos. Leiam-no, vale a pena.

Até amanhã, com nova fábula...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

IV - A parte do Leão


Pares cum paribus facillime congregantur
Cada qual com seu igual...

Vamos a fábula de hoje? Antes nossa saudação cordial!

IV - A Parte do Leão

O Leão foi uma vez caçar junto com a Raposa, o Chacal e o Lobo. Eles perseguiram até caçar e abater finalmente, um Cervo. Então veio a questão de como o espólio deveria ser dividido. "Esquartejam-no!”... rugiu o Leão; e assim os outros esfolaram-no e cortaram-no em quatro partes. Então o Leão tomou posição diante da carcaça e pronunciou: -"O primeiro quarto é para mim, por minha capacidade como Rei das feras; o segundo quarto é meu como árbitro desta partilha; o outro pedaço caberá a mim pela minha participação na perseguição; e o último naco... bem, eu gostaria de saber qual de vocês ousará pôr a pata nela.".

"Humph, " murmurou a Raposa, caminhando para longe, com o rabo entre as pernas; mas falando em um resmungo baixinho: "Você pode compartilhar a grande labuta, mas você não compartilhará jamais o espólio".

Muito a refletir... Onde achar a solidariedade nesta fábula? Escreveremos ainda sobre o assunto.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Seguindo a história de Esopo

Porém, por falta de prova conclusiva da sua vida, muitos estudiosos, inclusive Martin Luther (1483-1546), negam sua existência. O uso do adjetivo Aesopico às vezes, é usado para referenciar uma política ambígua ou alegórica, devido à censura; ou para as histórias da tradição literária, não ser dado nenhuma atribuição a um determinado autor.

É dito que Esopo escapou do castigo por sua a irreverência e tolice, e muitas vezes pela sua habilidade para resistir aos seus acusadores com uma frase inteligente, mostrando a ironia e hipocrisia. No seu oratório público, tem éticas para as pessoas comuns, falando às vezes, contra a estrutura do poder em seu tempo, enquanto usando o seu presente para o sarcasmo e a réplica inteligentes, suprimindo seus críticos. “As Rãs que Pedem um Rei” é a sua tentativa para dissuadir as pessoas de subverter um líder. Ele é crítico da avareza e usa um cachorro para ilustrar ganância irracional. Como um homem livre falou com aristocratas, filósofos, e reis. Do “O Menino Pastor e o Lobo” nós temô-lo dizendo: " proverbial o menino que gritou: lobo... ", enquanto exemplificando a lição de vida onde mentiras reveladoras, levam a pessoa a perder credibilidade, aquele: "colhe o que você semeia ". Em “A Árvore de Carvalho e as Canas” usa elementos da natureza e assim temos a sobrevivência da declaração: "faça melhor". Os contos provêem muitas referências alegóricas e conselhos práticos em assuntos humanos contemporâneos, bem como políticos e auto-conhecimento. SEGUE

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A bonis bona disce.

O bom, ensina a ser bom!
Junta-te aos bons e serás um deles.

Oi pessoal! Nossa saudação cordial. Hoje, não colocaremos fábula, mas sim, uma leitura sobre Esopo, em coletânea de dados traduzidos por mim. Serão duas ou três emissões, pois, a vida deste mito é mais fabulosa que seus ditos.
Prôpus-me a editar duas fábulas semanais e como são mais de 80, teremos uma bela matéria para ler e refletir.
Quanto à fábula passada, O Cão e a Sombra, para mim há uma dubiedade paradoxal, ou seja, estaría Esopo cerceando a busca de um sonho? Não seria a Sombra refletida nas águas, um objeto passível de desejos? Ao Cão, não restaria senão a perda do substância? Uma mente jovem, pode interpretar que haveria dupla idiotice em trocar o certo pelo incerto, renegando a possibilidade de um sonho ser alcançado. Quando contada a fábula, aos mais espertos, convém haver a possibilidade de o cão abocanhar uma bela, gorda e deliciosa carpa, no lugar da carne perdida, ou não?

Aesop, ou Æsopo (6º século AC), legendária fonte grega de mais de 600 fábulas inclusive "A Tartaruga e a Lebre", escrita do oral e traduzida para o inglês por muitos, também pelo o Rev. George Fyler Townsend (1814-1900) e Ambrose Bierce (1842-1914).

Pelo uso de protagonistas animais (principalmente), as fábulas de Esopo consistem em contos simples, com fins morais que transcendem o tempo e assim serem pertinentes hoje, como há milênios atrás. Universalmente popular, elas ainda inspiram muitas histórias contemporâneas, jogos, e filmes.

A Vida de Esopo, contém alguns detalhes contraditórios, entretanto isto contribui às proporções do mito. O local de nascimento está aberto a muitas conjecturas: ou a colônia antiga de Thrace, Phrygia, Etiópia, ou a ilha grega de Samos, ou a cidade de Atenas e Sardis, capital de Lidya (nt - hoje Turquia ), também incluem-se nas possibilidades. O nome dele é do Etiope arcaico e significa "grego", em referência a uma pessoa de descendência africana. A primeira menção conhecida para o homem Esopo está contida na "Historia de Herodotus'. do historiador grego Há muitas outras insinuações à vida dele na literatura grega, inclusive o "Aristophanes" dos escritores, Xenophon, Platão, e Aristóteles. Nascido em escravidão e descrito em algumas esculturas, com deformidade física, também é mencionado que em tenra idade, ele sofreu um impedimento de fala, milagrosamente erradicado por uma divindade. Ele foi libertado pelo patrão, de acordo com Herodotus. Provávelmente devido à sua alfabetização e inteligência. SEGUE

quarta-feira, 10 de junho de 2009

III - O Cachorro e a sombra - em áudio



Quo vadis?? Onde vais?

Olá todos!!
Da fábula anterior, lanço um pequeno desafio. Seria o Lobo tirano, o mesmo que o vestido em pele de cordeiro?
A 3ª fábula, é interessantíssima e no próximo blog, farei a análise. Bom divertimento!

III - O Cachorro e a Sombra.


Aconteceu um Cachorro conseguir um naco de carne e estava levando-o na boca para casa onde lá iria comê-lo em paz. No seu caminho tinha que atravessar um riacho, caminhando sobre um tronco caído. Ao atravessar o vão, olhou para baixo e viu a própria sombra, refletida nas águas. Pensando ser outro cão com carne na boca, decidiu-se abocanhá-lo também.. Assim, avançou contra a sombra refletida e ao tentar morder, o pedaço de carne que estava na sua boca caiu no rio e nunca mais foi visto..


Moral:

"Previna-se para que não perder a substância, tentando agarrar a sombra"..


OUÇA A FÁBULA:

segunda-feira, 8 de junho de 2009

II - O Lobo e o Cordeiro - em áudio


Oi pessoal!!

Gostaram? Gostei mais ainda!

O exercício de interpretação, deixo a cada um. Haveria muita subjetividade na expressão do meu entender. Exemplo: na primeira fábula, eu vejo uma mágica, ou seja, se pudéssemos absorver a alegria do galo em encontrar um grão de cevada, ou plasmar o regojizo do camponês em encontrar a pérola perdida, teríamos a chave magnética do bem-estar mental. Se houver o respeito ao juízo de valor alheio, acho que a paz reinaria. Mas quantos dos que lerem a fábula assim pensariam?
Melhor que cada um faça sua absorção. Eu instigarei apresentando as dezenas de fábulas, cuja tradução, já é trabalhosa.

Um abração a todos e curtam a segunda fábula. . .

II - O lobo e o cordeiro

Foi uma vez em plena primavera, um lobo estava em sua toca, situada numa ladeira, observando o que devia ser um cordeiro a beber água do riacho, num pequeno declive. -"Eis minha ceia!” pensou ele, - "... se puder encontrar somente alguma desculpa para agarrá-lo". Então chamou o cordeiro e inquiriu: "Como ousa sujar a água da qual estou bebendo?”.

“Não, mestre, não," disse o cordeirinho -"... se a água vem lá de cima barrenta, eu não posso ser a causa, pois ela corre de você até mim. ".

-" Bem, então.", disse o lobo, "... por que me chamou de nomes feios nesta época, no ano passado? "

-" Isso não pode ser, “ respondeu-lhe o cordeiro; -” Eu só tenho seis meses de vida!”.

“Não me importa,” rosnou o lobo; "... se não foi você, foi seu pai!” e com isso. atacou o pobre cordeirinho e o comeu. Mas antes de morrer, este murmurou engasgado:

“Qualquer desculpa servirá para um tirano”.

OUÇA A FÁBULA:

sexta-feira, 5 de junho de 2009

I - O Galo e a Pérola - *em áudio


INÍCIO:
Porque VADE MECUM ?

Literalmente, VENHA COMIGO...
Serão algumas viagens ao passado, alguns passeios por bibliotecas vetustas e algumas reminiscências comuns a todos. Este título, devo-o ao Matheus, pois despertou-lhe a curiosidade em definir a expressão. Ora como conteúdo completo de uma ciência, ora como expressão de Esopo em suas fábulas (alguém as lembra?), despertou-me o interesse em aqui expressar bons fluidos.
Periodicamente, publicarei uma fábula de Esopo, em tradução minha, regada com saudosismos, mas íntegras gramaticalmente. São resultados de minhas visitas às bibliotecas e onde encontrei-as novamente. Nas séries ginasiais (alguém lembra?), tive aulas de latim e lá, decorávamos estas fábulas fabulosas. Bons proveitos. . . A primeira delas segue hoje e ei-la:


I -O galo e a pérola


Um galo estava certa vez esgravatando para cima e para baixo no quintal da fazenda, entre as galinhas, quando subitamente viu algo brilhando entre as palhas. “Cocóricóoo" cacarejou, - "Ahhhhhh! Isto é para mim" e então ele trouxe o objeto debaixo dos gravetos, para fora. O que ali se mostrou, foi uma pérola, que por algum motivo. havia se perdido no quintal -" Uma Pérola! Você pode ser um tesouro,” disse o Mestre Galo, -”...mas para os homens que lhe valorizam. Para mim, preferiria antes - e seria o bastante - ter um único grão de cevada, do que bicar pérolas".


Moral da história:


“As coisas preciosas são para àqueles que podem valorizá-las.”


OUÇA A FÁBULA: