TEMPO AMARRADO Accorsi JC
Como amarrar o tempo?
Que insiste correr como louco,
Seria capaz o poderoso vento,
Atrasá-lo apenas um pouco?
Os ventos que balançam todo tempo,
Que libertam os cabelos da moça,
Movendo tudo, todo momento,
Teriam eles, tal força?
Só nossa imaginação,
O faria andar para trás,
Levando consigo de roldão,
Suas marcas, em rota fugaz.
Quão tola essa pretensão,
Travar o inexorável,
Mas quanto de emoção,
Ser o tempo olvidável!
CCXL - O Asno e a Mula
Um Tropeiro em viagem, estava com um Asno e uma Mula, ambos bem carregados. O Asno, contanto que viajasse ao longo da planície, levava sua carga com facilidade, mas quando começou a subir pelo caminho íngreme da montanha, sentiu a sua carga, ser mais que ele pudesse agüentar. Ele pediu à sua companheira para aliviá-lo de uma pequena porção, que poderia levar; mas a Mula, não prestou nenhuma atenção ao pedido do colega. O Asno logo depois caiu morto debaixo de seu fardo. Não sabendo o mais fazer dentro de uma região selvagem, o Tropeiro colocou na Mula a carga levada pelo Asno, além da sua própria e em cima de tudo, colocou a pele do Asno, depois de tê-lo esfolado. A Mula, gemendo em baixo de sua pesada carga, disse a ele: “Eu sou tratada de acordo com meus desleixos. Se eu apenas tivesse estado disposta a ajudar o Asno em sua pequena na necessidade, não deveria estar agüentando agora, junto com o seu fardo, bem como a ele próprio”.
Um comentário:
Salve grande Vade!!!!
Que poesia linda!
... e verdadeira!
Quem não gostaria de amarrar bem o tempo para que ele não nos fosse o fiel companheiro a indicar a passagem das horas?????
Mas... se não fosse esse rodopio, como poderíamos crescer em nossos ritos de passagens, sob as aragens do inarredável?...
Ah... o tempo...
Agarrem-no pelos momentos!
Obrigada pelo deleite!
Beeeeeeeeeeeeeeeijos a todos!
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