terça-feira, 27 de abril de 2010

CCXL - O Asno e a Mula - Tempo Amarrado


Bom dia amigos! - Hoje tem pretensão de poesia. Como gostaríamos de amarrar o tempo, mas também, como apreciaríamos que ele passasse mais depressa algumas vêzes. Para diversão, fiz uma pequena tentativa. Desculpem a ousadia, mas foi de coração o desejo de parar a corrida deste maluco. Até mais...



TEMPO AMARRADO Accorsi JC


Como amarrar o tempo?

Que insiste correr como louco,

Seria capaz o poderoso vento,

Atrasá-lo apenas um pouco?


Os ventos que balançam todo tempo,

Que libertam os cabelos da moça,

Movendo tudo, todo momento,

Teriam eles, tal força?


Só nossa imaginação,

O faria andar para trás,

Levando consigo de roldão,

Suas marcas, em rota fugaz.


Quão tola essa pretensão,

Travar o inexorável,

Mas quanto de emoção,

Ser o tempo olvidável!




CCXL - O Asno e a Mula


Um Tropeiro em viagem, estava com um Asno e uma Mula, ambos bem carregados. O Asno, contanto que viajasse ao longo da planície, levava sua carga com facilidade, mas quando começou a subir pelo caminho íngreme da montanha, sentiu a sua carga, ser mais que ele pudesse agüentar. Ele pediu à sua companheira para aliviá-lo de uma pequena porção, que poderia levar; mas a Mula, não prestou nenhuma atenção ao pedido do colega. O Asno logo depois caiu morto debaixo de seu fardo. Não sabendo o mais fazer dentro de uma região selvagem, o Tropeiro colocou na Mula a carga levada pelo Asno, além da sua própria e em cima de tudo, colocou a pele do Asno, depois de tê-lo esfolado. A Mula, gemendo em baixo de sua pesada carga, disse a ele: “Eu sou tratada de acordo com meus desleixos. Se eu apenas tivesse estado disposta a ajudar o Asno em sua pequena na necessidade, não deveria estar agüentando agora, junto com o seu fardo, bem como a ele próprio”.



Um comentário:

Dna Mô disse...

Salve grande Vade!!!!

Que poesia linda!
... e verdadeira!

Quem não gostaria de amarrar bem o tempo para que ele não nos fosse o fiel companheiro a indicar a passagem das horas?????
Mas... se não fosse esse rodopio, como poderíamos crescer em nossos ritos de passagens, sob as aragens do inarredável?...

Ah... o tempo...
Agarrem-no pelos momentos!

Obrigada pelo deleite!
Beeeeeeeeeeeeeeeijos a todos!