segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Acordo desacordado! Segue a trama do hífen...

Alô amigos... Ainda tenho a sensação de desabrigo com estas novas regras. Assim querem os lusófonos.

Ainda sobre o hífen, seguimos a trama do acordo ortográfico.

Prefixos ou 'falsos' prefixos, que terminem em vogal, com palavras que iniciem com vogal diferente, NÃO TÊM MAIS O HÍFEN, assim como as palavras compostas que o uso e o tempo consagraram: mandachuva, paralamas, paraquedas, guardachuva, contagotas, parabrisa, paraquedista, parachoques...

Palavras compostas que não tem elemento de ligação, e constituem unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como as que designam espécies zoológicas ou botânicas, MANTÉM O HÍFEN: ano-luz, beija-flor, azul-escuro, tenente-coronel, couve-flor, erva-doce, erva-mate, bem-te-vi, mal-me-quermédico-cirurgião, cirurgião-dentista, segunda-feira, terça-feira...

Quando so prefixos forem: EX - VICE - SOTO, o hífen sobrevive: vice-prefeito, ex-marido, soto-mestre.

Quando o prefixo for: CIRCUM e PAN, e as palavras iniciarem com as vogais M ou N, vive o hífen: circum-navegação...

Quando Com os prefixos PRÉ, PRÓ e PÓS, com palavras de significado próprio, vive o hífen: pré-natal, pós-parto, pró-desarmamento, pró-biótico, pós-graduação...

Com as palavras AQUÉM, RECÉM, ALÉM e SEM, o hífen segue vivo: recém-nascido, sem-terra, além-mar...

O hífen deixa de ser usado nas locuções - de qualquer tipo -: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de...

Mas como não podia deixar de ser, exceções à vista: ÁGUA-DE-COLÔNIA, ARCO-DA-VELHA, COR-DE-ROSA, MAIS-QUE-PERFEITO, PÉ-DE-MEIA, AO-DEUS-DARÁ, À QUEIMA-ROUPA.

O acordo tem mais algumas questões que abordo no próximo blog. Ufa!

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